A cidade do Salvador, capital do Estado da Bahia, apresenta a população com maior prevalência da infecção pelo HTLV-I no Brasil. Todavia, somente um estudo incluiu uma cidade do interior deste Estado, mesmo assim com número amostral pequeno. O objetivo foi o de avaliar a prevalência de anticorpos anti-HTLV-I/II na população de quatro cidades do interior do Estado da Bahia. As amostras de soro proveninentes de 1.539 indivíduos residentes em Catolândia, Ipupiara, Jacobina e Prado foram triadas através do ELISA, e a confirmação dos resultados nas amostras repetidamente positivas foi realizada através do "Western blot". Quarenta e sete (3,1%) amostras foram positivas pelo ELISA, e 44 destas foram submetidas ao Western blot, com 5 resultados positivos (0,3%), 8 (0,5%) indeterminados (todos da cidade de Jacobina) e 31 negativos. A prevalência geral de anticorpos anti-HTLV-I, nas cidades estudadas, foi de 0,3%. Esta prevalência variou de 0,0% (Prado) a 0,7% (Jacobina), porém não houve diferença estatisticamente significante (p > 0,21). Nenhum indivíduo apresentou anticorpos anti-HTLV-II. Em conclusão, a prevalência da infecção pelo HTLV-I no interior do Estado da Bahia foi baixa, contudo, a população da cidade de Jacobina apresentou a maior prevalência. No entanto, outros estudos epidemiológicos, clínicos e virológicos serão necessários para a melhor compreensão da história natural desta infecção em Jacobina.
The city of Salvador, capital of Bahia, presents a population with the highest prevalence of HTLV-I infection in Brazil. Untill now, only one study has investigated this infection in other cities of this state, even though by using a small sample. With objective to evaluate the prevalence of HTLV-I/II antibodies in four cities of the state of Bahia. Serum samples from 1,539 individuals who lived in Catolândia, Ipupiara, Jacobina and Prado were screened by ELISA, and repeatedly reactive samples confirmed by Western Blot. Forty-seven (3.1%) samples were positive by ELISA, and 44 of them were tested by Western blot: 5 (0.3%) were positive, 8 (0.5%) were indeterminate (all of them from Jacobina) and 31 were negative. The overall prevalence of HTLV-I antibodies was 0.3%. This prevalence varied from 0.0% (Prado) to 0.7% (Jacobina), but differences were not statistically sgnificant (p > 0.21). None of these individuals presented HTLV-II antibodies. Jacobina showed the highest prevalence of HTLV-I infection among the cities studied, although the overall prevalence was low. In conclusion, further epidemiological, clinical and virological studies will be of paramount importance to obtain a better understanding of the natural history of this infection in Jacobina.