Resumo Objetivo Determinar se a degradação de colágeno tipo II é determinada pelo tipo de esporte. O telopeptídeo carboxiterminal do colágeno tipo II (CTX-II), biomarcador de soro de degradação de colágeno, foi medido em atletas de esportes diferentes e comparado aos controles correspondentes. Métodos A amostra consistiu em 70 participantes do sexo feminino com idade entre 18 a 25 anos, das quais 15 eram membros de uma equipe de futebol, 10 de uma equipe de futebol de salão, 10 de uma equipe de handebol, 18 de uma equipe de voleibol, e 7 de uma equipe de natação. Foram incluídos no grupo de controle 9 indivíduos sedentários, pareados por idade e sexo. Uma amostra de sangue de 3 ml foi coletada de cada participante e analisada usando um ensaio imunossorvente ligado a enzima (ELISA, do inglês enzyme-linked immunosorbent assay). Resultados Uma comparação das concentrações de CTX-II das praticantes de diferentes esportes em comparação com o grupo de controle apresentou os seguintes valores de p: voleibol (p = 0,21); futebol (p = 0,91); handebol (p = 0,13); futebol de salão (p = 0,02) e natação (p = 0,0015). Portanto, na população investigada, o futebol de salão apresentou o maior risco de degradação do colágeno tipo II, e, consequentemente, de degradação da cartilagem articular, enquanto a prática de natação foi um fator protetor para a cartilagem articular. Não foi observada diferença estatisticamente significativa no índice de massa corporal entre os grupos. Conclusão As jogadoras de futebol de salão estão expostas a uma maior degradação articular, enquanto as nadadoras apresentam menor degradação da cartilagem em comparação com o grupo de controle na população estudada, o que sugere que o fortalecimento dos músculos periarticulares e o exercício aeróbico em ambientes de baixa carga têm um efeito positivo na cartilagem articular.
Abstract Objective To determine whether type-II collagen degradation is determined by the type of sport. Carboxy-terminal telepoptide of type-II collagen (CTX-II), a serum biomarker of collagen degradation, was measured in athletes who play different sports, and was compared with matched controls. Methods The sample size consisted of 70 female participants aged between 18 and 25 years, 15 of whom were members of a soccer team, 10 of a futsal (a variant of association football played on a hard court) team, 10 of a handball team, 18 of a volleyball team, and 7 of a swimming team. A total of 9 age- and sex-matched individuals with sedentary lifestyles were included in the control group. 3-mL blood samples were collected from each participant, and they were analyzed using an enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA). Results A comparison of the CTX-II concentrations of the players of different sports with those of the control group resulted in the following p-values: volleyball (p = 0.21); soccer (p = 0.91); handball (p = 0.13); futsal (p = 0.02); and swimming (p = 0.0015). Therefore, in the investigated population, futsal represented the highest risk for type-II collagen degradation and, consequently, for articular cartilage degradation, whereas swimming was a protective factor for the articular cartilage. No statistically significant difference was found in the body mass index among the groups. Conclusion Futsal players are exposed to greater articular degradation, while swimmers exhibited less cartilage degradation compared with the control group in the study population, suggesting that strengthening the periarticular muscles and aerobic exercise in low-load environments has a positive effect on the articular cartilage.