RESUMO O objetivo deste estudo foi avaliar a validade externa de três equações de referência para o cálculo da distância a ser percorrida no incremental shuttle walking test (ISWT) por idosos comunitários, e, por fim, identificar qual equação prediz melhor a distância nessa faixa etária. Foram selecionados 84 idosos cadastrados nas Unidades Básicas de Saúde de Diamantina, Minas Gerais. Os voluntários foram submetidos ao ISWT e a distância percorrida em metros até a interrupção do teste foi registrada e utilizada para comparação com as equações de predição. Os voluntários apresentaram média de idade de 73,15±5,89 anos e alguns comprometimentos de saúde comuns dessa faixa etária, sendo a maioria mulheres e praticantes de atividade física. A análise estatística demonstrou que houve interação entre os fatores, ou seja, existe diferença entre as distâncias obtidas pelo ISWT e as distâncias obtidas pelas equações. Houve diferença também nas comparações entre os sexos (p<0,05) e a Equação 1 apresentou maior força de correlação (p<0,0001; r=0,414) com a distância real percorrida em relação às outras equações. Portanto, este estudo demonstrou uma diferença na comparação das distâncias real e calculadas por três equações de predição do ISWT, sugerindo que as equações utilizadas podem superestimar a distância percorrida pelos idosos, e que entre essas a Equação 1 apresentou uma predição mais próxima da distância percorrida para a amostra de idosos avaliada.
ABSTRACT Our study aimed to evaluate the external validity of three reference equations for estimating the distance to be covered in the incremental shuttle walking test (ISWT) by older adults and to identify which equation best predicts the distance for this age group. In total, 84 older adults registered in the Health Centers of Diamantina, state of Minas Gerais, Brazil, were selected. The volunteers were subjected to the ISWT and the distance covered, in meters, until the interruption of the test was recorded and compared with the prediction equations. The volunteers had a mean age of 73.15±5.89 years and some health problems common to this age group, were mostly women, and physically active. Statistical analysis showed an interaction between the factors, that is, a difference between the distances covered the ISWT and the distances obtained by the equations. The analysis showed a difference between the men and women (p<0.05) and Equation 1 showed a greater correlation strength (p<0.0001; r=0.414) with the distance covered compared to the other equations. Therefore, our study showed a difference in the comparison of the distances covered and those estimated by three ISWT prediction equations, suggesting that the equations used may overestimate the distance covered by older adults, and that, Equation 1 showed a prediction closer to the distance covered by the older adults of the sample.
RESUMEN El objetivo de este estudio fue evaluar la validez externa de tres ecuaciones de referencia para calcular la distancia recorrida de la incremental shuttle walking test (ISWT) para ancianos comunitarios, así como identificar la ecuación que mejor predice la distancia en este grupo de edad. Se seleccionaron a 84 ancianos inscritos en las Unidades Básicas de Salud de Diamantina, Minas Gerais (Brasil). Se aplicaron a los voluntarios la ISWT, y la distancia recorrida en metros hasta la interrupción de la prueba se registró y se utilizó para comparar con las ecuaciones de predicción. Los voluntarios tenían un promedio de edad de 73,15±5,89 años y algunos problemas de salud habituales en este grupo de edad, de los cuales la mayoría fue mujeres y practicantes de actividad física. El análisis estadístico mostró que hubo una interacción entre los factores, es decir, existe una diferencia entre las distancias obtenidas por ISWT y las distancias obtenidas por las ecuaciones. También hubo una diferencia en las comparaciones entre los sexos (p<0,05), y la Ecuación 1 mostró una mayor fuerza de correlación (p<0,0001; r=0,414) con la distancia real recorrida en relación con las otras ecuaciones. Por lo tanto, este estudio demostró una diferencia en la comparación de las distancias reales y calculadas por tres ecuaciones de predicción de ISWT, lo que sugiere que las ecuaciones utilizadas pueden sobreestimar la distancia recorrida por los ancianos y que entre estas la Ecuación 1 presentó una predicción más cercana a la distancia recorrida por la muestra evaluada.