Resumo O objetivo deste trabalho é fomentar o debate sobre soberania territorial em disputa tendo como foco a intervenção da Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti (Minustah) no território haitiano, partindo da análise de que a soberania se insere no campo semântico da concepção de poder supremo, racionalização jurídica, princípio de ordem ou de legitimidade do poder. Suas fundamentações são variadas, mas todas têm como referência geral a autoridade suprema, o apogeu da estrutura de poder. Entendemos a soberania como uma das ferramentas importantes para o Estado realizar e cumprir seus objetivos, métodos e princípios nos limites de sua jurisdição. Para cada um deles, considera sua ação autônoma dentro de um território como base técnica ou do setor de intervenção. Analisarmos as consequências e implicações da Minustah e de outras ajudas humanitárias ao país, questionando em que sentido aquelas asseguraram ou restabeleceram a normalidade institucional ou a soberania do território haitiano. Para identificar as consequências de tal missão, procedeu-se a uma análise bibliográfica, à qual se somam a análise de documentos e informações em órgãos nacionais e internacionais, artigos científicos, livros e dissertações que tratam das atuações da ONU e da Minustah no território haitiano e a fragmentação de sua soberania.
Abstract The purpose of this article is to bring up a debate on disputed territorial sovereignty with a focus on the intervention of United Nations Stabilization Mission in Haiti (Minustah) in Haitian territory, based on the analysis that the sovereignty of the State to make a permanent and effective decision in any conflict that effectively tries to transform the unity of the territorial social, without excluding the positive law. We understand Sovereignty as one of the important tools for the State to realize and fulfill its objectives, methods, and principles within its jurisdictional limits. For each of them, it thinks its action as much autonomous within a territory like a technical base or the sectors of intervention. We analyze the consequences and implications brought by Minustah and other humanitarian aid to the country, questioning in what sense they ensured and reestablished the institutional normality and the sovereignty of the Haitian territory. In order for the consequences of such a mission to be identified, a bibliographic analysis is carried out. Added to it is the analysis of documents and information in both national and international bodies, scientific articles, books and dissertations that deal with the actions of the UN and Minustah in Haitian territory and the fragmentation of its sovereignty.
Résumé L’objectif de ce travail est d’établir le débat sur la souveraineté territoriale en dispute en se concentrant sur l’intervention de la Mission des Nations Unies pour la Stabilisation en Haïti (Minustah) dans le territoire haïtien, à partir de l’analyse que la souveraineté s’insère dans son champ sémantique du concept de pouvoir suprême, de rationalisation juridique, de principe d’ordre ou de légitimité du pouvoir. Ses fondements sont variés, mais ils impliquent tous une référence générale à l’autorité suprême, à l’apogée de la structure du pouvoir. Nous comprenons la souveraineté comme l’un des plus importants outils dont dispose l’Etat pour réaliser ses objectifs, méthodes et principes dans les limites de sa compétence. Pour chacun entre eux, il considère son action autonome dans un territoire comme une base technique ou le secteur d’intervention. Nous analysons les conséquences et les implications apportées par la Minustah et les autres aides humanitaires au pays, en nous interrogeant dans quel sens elles ont assuré et rétabli la normalité institutionnelle et la souveraineté du territoire haïtien. Afin d’identifier les conséquences d’une telle mission, une analyse bibliographique est effectuée. À cela s’ajoute l’analyse de documents et d’informations dans les instances nationales et internationales, des articles scientifiques, des livres et des mémoires qui traitent des actions de l’ONU et de la Minustah sur le territoire haïtien et la fragmentation de sa souveraineté.