Resumo A inclusão dos alunos com deficiência no ensino regular tem sido cada vez mais discutida. O objetivo do presente ensaio é problematizar as relações entre escola e família, partindo da educação especial, sob a perspectiva da educação inclusiva, isto é, para todos, independentemente de quaisquer particularidades. Para tal, partimos da reflexão sobre alguns aspectos históricos em relação às pessoas com deficiência e seus processos de escolarização. Em um segundo momento, refletimos sobre a complexa dinâmica do preconceito e dos estereótipos no jogo de constituição da subjetividade, para, a seguir, pensar nos pressupostos básicos da educação inclusiva e nos entraves entre família e escola, perpassados pelas políticas públicas educacionais. Concluímos que a diversidade presente na educação inclusiva não é um favor aos grupos historicamente excluídos, mas uma luta pela humanização de todos nós. Luta essa que necessariamente passa pela assunção e superação de preconceitos e estereótipos de todos os envolvidos, uma vez que o convívio com a diferença é um esforço coletivo.
Abstract Because the trend toward including students with disabilities in regular education has increased, this essay discusses relationships between school and family, starting from special education, within the perspective of inclusive education, that is, for everyone, regardless of any particularities. Therefore, we begin by reflecting on some historical aspects of the schooling process for people with disabilities. Thereafter, we reflect on the complex dynamics of prejudices and stereotypes in the constitution of subjectivity, considering inclusive education’s basic assumptions and barriers between family and school within public educational policies. We conclude that the diversity of inclusive education is not a favor to historically excluded groups but a struggle for the humanization of us all. This struggle necessarily involves overcoming the prejudices and stereotypes of all concerned because living with differences is a collective effort.
Resumen La inclusión de los alumnos con deficiencia en la enseñanza regular ha sido discutida más de forma recurrente. El objetivo del presente ensayo es problematizar las relaciones entre escuela y familia, partiendo de la educación especial, bajo la perspectiva de la educación inclusiva, es decir, para todos, independientemente de cualquier particularidad. Para ello, partimos de la reflexión sobre algunos aspectos históricos con relación a personas con deficiencia y sus procesos de escolaridad. En un segundo momento, reflexionamos sobre la compleja dinámica del prejuicio y de los estereotipos en el juego de la constitución de la subjetividad, para, a seguir, pensar en las suposiciones básicas de la educación inclusiva y en los obstáculos entre familia y escuela, a través de las políticas públicas educativas. Concluimos que la diversidad presente en la educación inclusiva no es un favor para los grupos históricamente excluidos, sino una lucha por la humanización de todos nosotros. Una lucha que necesariamente pasa por la asunción y superación de prejuicios y estereotipos de todos los involucrados, ya que convivir con las diferencias es un esfuerzo colectivo.