Neste artigo, objetivamos avaliar empiricamente a capacidade da agência dos pesquisadores do campo da pesquisa em organizações e estratégia no Brasil quando imersos em redes mundos pequenos (small worlds). Para tanto, assumimos que a agência pode ser avaliada quanto a seu efeito na produtividade. Depois, advogamos que tal agência pode ser explicada pela imersão em redes de coautoria, em que tanto o posicionamento privilegiado dos pesquisadores em relação às lacunas estruturais quanto a configuração de facções da rede sob a forma de mundos pequenos podem afetar a produtividade. A análise de como a estrutura social influencia o comportamento e a performance dos indivíduos é primordialmente fundamentada em estudos de análises de redes sociais. Mesmo se reconhecendo as limitações, ela é frutífera e coerente enquanto arcabouço metodológico. Contudo, paralelamente, modelos estatísticos multiníveis vêm sendo empregados. Comumente conhecidos como modelos lineares hierárquicos, ou modelos HLM, eles buscam avaliar como o contexto interfere na ação social. Diante dessas duas possibilidades, buscamos neste estudo conciliar a análise de redes com modelos hierárquicos para avaliar a agência como socialmente imersa em redes de relações. Para tanto, o campo científico é tomado como um tipo de sistema social, cujas redes de relações de coautoria são avaliadas como dimensão estrutural quanto a posição-prática. Isso porque há indícios de que a estrutura de relacionamento interfira tanto no processo de institucionalização das ações, quanto na capacidade de agência dos pesquisadores. Verificamos que pesquisadores com maior proporção de laços não redundantes são mais produtivos. Além disso, as análises apontaram que em redes mais coesas a respeito de mundos pequenos, tanto individual quanto coletivamente, a produtividade é maior. Todavia, quando essa coesão é muito alta, há tendência de a produtividade decair. Tais resultados apontam para a relevância de se avaliar a capacidade da agência quando imersa em redes de relações, já que diferentes mecanismos de capital social condicionam a ação e seus resultados.
This paper aimed to evaluate empirically the capacity of the agency of researchers in the field of strategy and management research in Brazil while embed in small worlds networks. Therefore, first we evaluated the effect generated by agents in terms of productivity. Then, referring to the structural dimension of context of action, we proposed that, in co-authorship networks, both the privileged position of the researchers in terms of structural holes as the factions of the network configuration in the form of small worlds can be one of the elements that enable the agency. The analysis of how social structure influences the behavior and performance of individuals is primarily based on studies of social network analysis, in that even if acknowledging the limitations, it is as fruitful and coherent methodo-logical framework. However, in parallel, multilevel statistical models have been employed. Commonly knowing as hierarchical linear models or HLM models, they seek to evaluate how context affects social action. Given these two possibilities, this study sought to reconcile the network analysis with hierarchical models to assess the agency as socially immersed in networks of relationships. Thus, the scientific field is taken as a type of social system, whose networks of co-authoring relationships are evaluated as structural dimension in terms of position-practice. That's because there is evidence that the relationship structure interfere both in the process of institutionalization of the shares, as the capacity for agency researchers. We found that the small worlds networks affects the academic productivity both collectively and individually, as well as the presence of structural holes at the individual level. These results point to the importance of assessing the capacity of agency while embed in social networks, since different mechanisms of social capital conditioning the actions.
En este artículo, evaluamos empíricamente la capacidad de los investigadores de campo de agencias de organizaciones de investigación y estrategia en Brasil mientras se está inmerso en pequeñas redes de mundos (small worlds). Por lo tanto, se supone que la agencia puede ser evaluada en términos de su efecto sobre la productividad. Luego nos defendemos que tal agencia se puede explicar por la inmersión en las redes de coautoría, en el que tanto la posición privilegiada de los investigadores en cuanto a las brechas estructurales como el establecimiento de redes entre facciones en la forma de pequeños mundos pueden afectar la productividad. El análisis de cómo la estructura social influye en el comportamiento y el rendimiento de las personas se basa principalmente en los estudios de análisis de redes sociales, en los que, aunque reconociendo las limitaciones, es tan fructífera y coherente marco metodológico. Sin embargo, en paralelo, se han empleado modelos estadísticos multinivel. Conocido comúnmente como modelos lineales jerárquicos o modelos HLM, tratan de evaluar cómo el contexto afecta la acción social. Teniendo en cuenta estas dos posibilidades, este estudio trata de conciliar el análisis de red con los modelos jerárquicos para evaluar a la agencia como socialmente inmersa en las redes de relaciones. Por lo tanto, el campo científico se toma como un tipo de sistema social, cuyas redes de relaciones de coautoría son evaluadas como dimensión estructural en términos de posición-práctica. Eso es porque no hay evidencia de que la estructura de la relación interfiere tanto en el proceso de institucionalización de las acciones, como en la capacidad de los investigadores de la agencia. Encontramos que los investigadores con una mayor proporción de los vínculos no redundantes son más productivos. Por otra parte, los análisis mostraron que en las redes más cohesionadas en términos de pequeños mundos, tanto individual como colectivamente, la productividad es mayor. Sin embargo, donde dicha cohesión es demasiado alta, hay una tendencia a que la disminución de la productividad. Estos resultados apuntan a la importancia de evaluar la capacidad de la agencia mientras se está inmerso en las redes de relaciones, ya que los diferentes mecanismos de capital social influyen en la acción y sus resultados.