Este artigo intenta compreender a trajetória social de Eglê Malheiros. Herdeira de uma origem social favorecida, tendo educação de qualidade, estreita relação com livros e alto acúmulo de capital cultural, ela atuou nos movimentos comunista e modernista, graduou-se em Direito e escolheu ser professora de História. Analisamos a trajetória social por meio das inter-relações entre origem sociofamiliar, percursos escolares e carreira profissional, procurando constatar como a nossa agente social herdou a herança. Para tanto, usamos os conceitos de capital cultural/habitus, capital social e campo elaborados por Pierre Bourdieu e ressignificados por Bernard Lahire. Dessa forma, intentamos constatar que, na sua época, Eglê Malheiros foi uma mulher de vanguarda.
This article tries to understand the social trajectory of Eglê Malheiros. Heiress from a favored social origin, having quality education, close relationship with books and high accumulation of cultural capital, she acted in communist and modernist movements, graduated in Laws and chose to be a History teacher. We analyze the social trajectory through the interrelationships between social family home, school courses and professional career, aiming to find out how our social agent inherited the legacy. For this, we use the concepts of cultural capital/habitus, social capital and field elaborated by Pierre Bourdieu and resignified by Bernard Lahire. Thus, we intend to see that, in her time, Eglê Malheiros was na avant-garde woman.