OBJETIVO: O objetivo foi determinar in vivo se a mobilidade pré-operatória da coluna lombar (geral e segmentar) é mantida depois da intervenção cirúrgica. MÉTODOS: Foram realizadas imagens funcionais da coluna lombar em flexão e extensão, usando projeção lateral em condições padronizadas. Isso permitiu a avaliação da mobilidade geral, da mobilidade dos segmentos móveis instrumentados e da altura do disco do segmento rostral adjacente (espaço intervertebral; IVS) antes e depois da intervenção cirúrgica. As imagens foram analisadas independentemente por um radiologista e por um cirurgião ortopedista. Realizou-se análise comparativa das imagens funcionais pré e pós-operatórias com o auxílio de computador e de software apropriado (ACES) para avaliar mais detalhadamente a extensão em que a amplitude de movimento foi mantida. O Oswestry Disability Index (ODI, avaliação da qualidade de vida) e a escala visual analógica (VAS, avaliação da dor) foram usadas como critérios clínicos e comparadas no pré e pós-operatório. Os intervalos médios de acompanhamento (FU, de follow-up) foram 13,5 dias (FU 1) e 19 meses (FU 2). RESULTADOS: Os resultados radiológicos mostraram que a mobilidade geral da coluna lombar (L1 a S1) diminuiu, em média, um terço na amplitude de flexão e extensão, de 25,0º antes da cirurgia, para 17,6º depois. A mobilidade dos segmentos na estabilização monossegmentar diminuiu, em média, de 3,7º para 2,3º. Os segmentos caudais da estabilização dinâmica bissegmentar mantiveram a amplitude de movimento pré-cirúrgica de 2,6º, chegando até 2,4º depois da cirurgia. O IVS não foi alterado. O ODI melhorou depois da intervenção, de 59 para 39/41 (FU 1/FU 2) pontos, enquanto a VAS (durante movimento) melhorou de 7,6 (pré-operatório) para 4,4/4,5 (FU 1/FU 2). A análise auxiliada por computador mostrou que o pequeno e funcionalmente insignificante micromovimento de 0,4º (erro de 0,12%) permaneceu no segmento móvel estabilizado com técnica de não-fusão. CONCLUSÃO: A comparação das mensurações pré e pós-operatórias mostrou que a mobilidade geral e o micromovimento segmentar foram mantidos depois de estabilização da coluna lombar com técnica de não-fusão, com instrumentação mono e bissegmentar. O segmento rostral adjacente (IVS) não sofreu colapso. Os níveis de atividade (ODI) e os sintomas dolorosos (VAS) dos pacientes apresentaram melhora significante no acompanhamento, comparável aos relatados na literatura referentes às fusões espinais rígidas convencionais.
OBJECTIVE: The aim was to determine in vivo whether pre-operative mobility of the lumbar spine (overall and segmental) is retained after surgical intervention. METHODS: Functional imaging of the lumbar spine was performed in flexion and extension, using a lateral projection under standardised conditions. This allowed assessment of the overall mobility, mobility of the instrumented mobile segments and the disc height of the adjacent cranial segment (intervertebral space; IVS) before and after surgical intervention. Images were evaluated independently by a radiologist and an orthopaedic surgeon. A comparative analysis of preoperative and postoperative functional images was carried out with the aid of a computer and appropriate software (ACES) for further assessment of the extent to which the range of movement was retained. The Oswestry Disability Index (ODI, quality of life assessment) and the visual analogue scale (VAS, pain assessment) were used as clinical criteria and compared pre-and postoperatively. The mean follow-up (FU) intervals were 13.5 days (FU 1) and 19 months (FU 2). RESULTS: Radiological results showed that the overall mobility of the lumbar spine (L1 to S1) decreased on average by one third of the flexion/extension range, from 25.0º preoperatively to 17.6º postoperatively. The segmental mobility of the monosegmental stabilisation decreased on average from 3.7º to 2.3º. The caudal segments of the bisegmental dynamic stabilisation retained their preoperative movement range of 2.6º, with a postoperative range of 2.4º. The IVS did not change. The ODI improved postoperatively from 59 (preoperative) to 39/41 (FU1/FU2) points, while the VAS (during movement) improved from 7.6 (pre-op) to 4.4/4.5 (FU1/FU2). Computer-assisted analysis showed that small and functionally insignificant micro-motion of 0.4º (error 0.12%) remained in the stabilised and unfused mobile segment. CONCLUSION: Comparison of preoperative and postoperative measurements showed that overall mobility and segmental micro-motion were retained after non-fusion stabilisation of the lumbar spine with monosegmental and bisegmental instrumentation. The adjacent cranial segment (IVS) did not collapse. Activity levels (ODI) and pain symptoms (VAS) of the patients showed significant improvement at follow-up, comparable to that reported in the literature for conventional rigid spinal fusions.
OBJETIVO: Fue determinar in vivo si la movilidad preoperatoria de la espina lumbar (general y segmentaria) se mantiene después de la intervención quirúrgica. MÉTODOS: La representación por imágenes de la espina lumbar se realizó en flexión y extensión, usándose una proyección lateral en condiciones estandarizadas. Esto permitió la evaluación de la movilidad general, la movilidad de los segmentos móviles instrumentados y la altura de disco del segmento craneano adyacente (espacio intervertebral; IVS), antes y después de la intervención quirúrgica. Las imágenes fueron evaluadas, independientemente, por un radiólogo y un cirujano ortopedista. Un análisis comparativo de las imágenes funcionales preoperatorias y posoperatorias fue realizado con la ayuda de una computadora y del software apropiado (ACES) para evaluación adicional de la extensión hasta la cual se mantuvo la amplitud del movimiento. El Índice de Incapacidad de Oswestry (ODI, evaluación de la calidad de vida) y la escala análoga visual (VAS, evaluación del dolor) fueron usados como criterios clínicos y comparados antes y después de la cirugía. Los intervalos promedio de seguimiento (FU) fueron 13,5 días (FU 1) y 19 meses (FU 2). RESULTADOS: Los resultados radiológicos muestran que la movilidad general de la espina lumbar (L1 a S1) se redujo, en promedio, en un tercio de la amplitud de flexión/extensión, de 25,0º antes de la cirugía a 17,6º después de la cirugía. La movilidad segmentaria, de la estabilización monosegmentaria, disminuyó, en promedio, de 3,7º a 2,3º. Los segmentos caudales de la estabilización dinámica bisegmentaria mantuvieron su amplitud de movimiento preoperatorio de 2,6º, con una extensión de 2,4º después de la cirugía. El IVS no cambió. El ODI mejoró después de la cirugía de 59 (preoperatorio) puntos a 39/41 (FU1/FU2), mientras que la VAS (durante el movimiento) mejoró de 7,6 (preoperatoria) a 4,4/4,5 (FU1/FU2). El análisis, con ayuda de la computadora, mostró que un pequeño micromovimiento, funcionalmente insignificante, de 0,4º (error 0,12%) permaneció en el segmento móvil estabilizado y no fusionado. CONCLUSIÓN: La comparación de las mediciones preoperatoria y posoperatoria mostró que la movilidad general y el micromovimiento segmentario fueron mantenidos después de la estabilización no fusionada de la espina lumbar con instrumentación monosegmentaria y bisegmentaria. El segmento craneano adyacente (IVS) no tuvo un colapso. Los niveles de actividad (ODI) y los síntomas de dolor (VAS) de los pacientes mostraron mejoría significativa en el seguimiento, comparable a la que se informa en la literatura para fusiones espinales convencionales, rígidas.