Os experimentos realizados tiveram como objetivo determinar a taxa de sobrevivência in vitro e in vivo de blastocistos Mus domesticus domesticus vitrificados em meio contendo 9,0M de etileno glicol e 0,3M de sacarose. As soluções testadas foram denominadas de I e IS, quando a adição do crioprotetor foi realizada em duas etapas, e II e IIS, quando a adição deste foi realizada em apenas uma etapa. Na solução de vitrificação I, foi realizada inicialmente uma desidratação prévia dos embriões por um período de 2 minutos em solução de 1,8M de EG em PBS + 6% de BSA e, logo após, eles foram transferidos, por um período de 30 segundos, para a solução composta por uma associação de 9,0M de EG em PBS + 6% de BSA, antes da imersão em nitrogênio líquido. Na solução de vitrificação IS, o procedimento foi idêntico ao da solução I, apenas com o acréscimo de 0,3M de sacarose às soluções crioprotetoras. Na solução de vitrificação II, os embriões foram expostos diretamente a uma solução composta por uma associação de 9,0M de EG em PBS + 6% de BSA, onde permaneciam por 30 segundos antes da imersão em nitrogênio líquido. Na solução de vitrificação IIS, o procedimento foi idêntico ao da solução II, apenas com a adição de 0,3M de sacarose à solução crioprotetora. No experimento I, foi determinada a taxa de sobrevivência de 299 blastocistos após a exposição às soluções crioprotetoras, não sendo observada diferença estatística entre os tratamentos e o grupo controle. O experimento II permitiu avaliar a sobrevivência embrionária in vitro (taxa de eclosão) após a vitrificação de 330 blastocistos, onde as soluções I e IS foram estatisticamente superiores às demais, apresentando taxas de eclosão de 49 e 40%, respectivamente. No experimento III, realizou-se a transferência de 141 blastocistos vitrificados, após a exposição às soluções I e IS, para fêmeas receptoras. Não houve diferenças estatísticas entre as taxas de sobrevivência embrionária determinadas aos 14 dias de prenhez, tanto para implantações (37 e 32%) quanto para fetos (27 e 27%), respectivamente. A presença de sacarose na solução de vitrificação não proporcionou uma maior sobrevivência de blastocistos Mus domesticus domesticus vitrificados em uma solução contendo 9,0M EG.
The aim of these experiments was to determine the in vitro and in vivo survivability of Mus domesticus domesticus blastocysts, following exposure and vitrification in modified PBS solution containing 9.0M of ethylene glycol (EG) and 0.3M of sucrose. The cryoprotectant solutions were denominated I (without sucrose) and IS (with sucrose) when the embryo exposure to the solutions has been done in two steps. First the embryos were exposed to a modified PBS solution with 1,8M EG + 6% BSA during 2 minutes, and after they were transferred to straws containing modified PBS plus 9.0M EG + 6% BSA and after 30 seconds immersed into liquid nitrogen. The others cryoprotectant solutions, denominated II (without sucrose) and IIS (with sucrose) the embryos were exposed directly to the 9.0M EG and after 30 seconds plunged into the liquid nitrogen. In the first experiment a survival rate of 299 blastocysts was observed following exposure to cryoprotectant solutions. There was no statistical diference among control and treatment groups. The experiment II allowed to evaluate the in vitro embryo survival, after vitrification of 330 blastocysts, the cryoprotectant solutions I and IS determinated statistically different (p<0.05) embryo survival rates, showing in vitro hatching rates of 49 and 40%, respectively. In experiment 3, 141 blastocysts were exposed to the cryoprotectant solutions I and IS, vitrified and then transferred into the recipients. The number of implantations and fetuses were observed after 14 days of gestation. There was no statistical difference (p>0.05) among the solutions I and IS in the number of implantations (37 and 32%) and fetuses (27 and 27%), respectively. The survival rate of Mus domesticus domesticus blastocysts did not improve with the addition of sucrose to the vitrification solution containing 9.0M of EG.