RESUMOO artigo tem como objetivo conhecer e compreender como as instâncias sociais - a família, a instituição religiosa, o movimento homossexual (Associação LGBT) e as instituições médicas e psicológicas -, por meio de suas estratégias de governamento, interpelam os sujeitos, produzindo suas subjetividades. Entendemos tais instâncias como espaços educativos, pois nos ensinam modos de ser e estar no mundo. Nesse sentido, analisamos enunciações de alguns sujeitos gays, travestis e transexuais, produzidas por meio de metodologias da história oral temática e da observação participante. Assim, concluímos que a família prima pela coerência entre sexo, gênero, prática sexual e desejo; as instituições médicas e psicológicas buscam diagnosticar e normalizar as atitudes dos sujeitos "desviantes"; as instituições religiosas buscam "condenar" as práticas transgressoras; e o movimento homossexual conduz as práticas dos sujeitos ao instituir as posturas adequadas e coerentes com a política do movimento.
ABSTRACTThe article aims to identify and understand how social levels - family, religious institutions, LGBT movements, and psychological and medical institutions -view individuals and produce their subjectivities from management strategies. We understand such instances as educational spaces because they teach people ways of being and behaving in the world. To this end, we have analyzed the discourse of gay, transvestite, and transsexual subjects produced through methodologies of thematic oral history and participant observation. We have thus concluded that the family sphere strives for coherence between sex, gender, sexual practice and expression of desire. Medical and psychological institutions seek to diagnose and normalize the attitudes of "deviant" individuals; religious institutions seek "condemning" transgressive practices; and the LGBT movements conduct the subjects’ practices while instituting appropriate postures, in coherence with the movements policies.
RESUMENEste artículo tiene como objetivo conocer y comprender cómo los grupos sociales -la familia, la institución religiosa, el movimiento homosexual (Asociación LGBT) y las instituciones médicas y psicológicas- desde sus estrategias de gobernamiento, interpelan los sujetos produciendo sus subjetividades. Entendemos estos grupos como espacios educativos, pues nos ensenan maneras de ser y de estar en el mundo. De esta forma, anali-zamos enunciaciones de algunos sujetos gais, travestís y transexuales a partir de las metodologias de la historia oral temática y de la observación participante. Así, concluimos que la familia valora la coherencia entre sexo, género, práctica sexual y deseo; las instituciones médicas y sicológicas buscan diagnosticar y normalizar las actitudes de los sujetos "desviantes"; las instituciones religiosas buscan "condenar" las prácticas transgresoras; y el movimiento homosexual conduce las prácticas de los sujetos, al instituir las posturas adecuadas y coherentes con la política del movimiento.