Este trabalho foi conduzido na área experimental do Setor de Olericultura/Departamento de Agricultura da Universidade Federal de Lavras com o objetivo de avaliar o crescimento e a produção de plantas de alho da cultivar Gigante Roxão provenientes de cultura de tecidos (propagação por meristemas), comparando-as com plantas da mesma cultivar multiplicadas de forma convencional. Utilizou-se delineamento experimental de blocos ao acaso em esquema de parcelas subdivididas no tempo, com dois tratamentos (plantas de cultura de tecidos e de multiplicação convencional) nas parcelas e sete épocas de avaliação (30, 50, 70, 90, 110, 130 e 150 dias após o plantio) como sub-parcelas. Foram utilizadas quatro repetições. Em cada época foram coletadas seis plantas/parcela para determinação de matéria seca (parte aérea, bulbo, raízes e total), altura da planta, número médio de folhas/planta e razão bulbar. No final do experimento avaliou-se a produção, peso médio de bulbo e número de bulbilhos/bulbo. O desenvolvimento da parte aérea foi semelhante entre os tratamentos até os 70 dias do plantio, após o qual, as plantas originadas por cultura de tecidos mostraram-se superiores. Aos 110 dias do plantio, as plantas provenientes de cultura de tecidos apresentaram aumentos significativos de 29,0%, 80,3% e 145,0% respectivamente, na altura e produção de matéria seca da parte aérea e de raízes em relação às plantas convencionais. As plantas de cultura de tecidos também foram superiores, aos 150 dias do plantio, com 68,2% e 67,0% a mais de matéria seca do bulbo e total, respectivamente. Verificou-se um prolongamento de cerca de 13 dias no ciclo cultural das plantas de cultura de tecidos em relação às convencionais, causando atraso na formação dos bulbos, de acordo com o comportamento da razão bulbar. Para peso médio de bulbo e número de bulbilhos/bulbo, as plantas de cultura de tecidos foram, respectivamente, 109,5 e 37,0% superiores, resultando num aumento de 99,8% na produção de bulbos.
This work was carried out in the experimental area of the Universidade Federal de Lavras, Minas Gerais state, Brazil, with the objective of comparing the growth, development and production in garlic plants, of the cultivar Gigante Roxão grown from tissue culture (meristem-tip culture), with plants of the same cultivar multiplied in a conventional way. The experiment was laid out in a complete split splot randomised block scheme with two treatments (plants obtained from tissue culture and conventional multiplication) in the plots, and seven evaluation dates (30, 50, 70, 90, 110, 130 and 150 days after planting) as sub-plots. Four replications were used. At each date, six plants/plot were collected for dry matter determination (leaves, bulbs, roots and total) and also to evaluate the plant growth characteristics, plant height, number of leaves per plant and bulb growth. At the end of the experiment production, weight and number of cloves per bulb were evaluated. The development of aerial plant parts was similar among the treatments until 70 days after planting, after which time, plants propagated by tissue culture displayed superior growth. The tissue culture plants showed increases in plant height, dry matter of aerial parts and roots in relation to conventional plants, by 29.0%, 80.3% and 145.0% respectively 110 days after planting. Tissue culture plants also showed a respective 68.2% and 67.0% greater bulb and total dry matter 150 days after planting when compared to conventionally multiplied plants. The pseudostalk diameter/bulb ratio indicated that formation of bulbs by tissue culture plants was delayed by 13 days in relation to bulbs from plants multiplied by the conventional way, thus increasing the lifecycle by the same amount of days. For mean bulb weight and number of cloves per bulb, plants from tissue culture once more stood out, showing increases of 109.5% and 37.0%, respectively, which resulted in an increase of bulbs of 99.8% in bulb production.