A temperatura está entre os fatores abióticos que influenciam o desenvolvimento e o comportamento dos insetos. A adaptabilidade às condições climáticas é um dos pontos chaves para o sucesso da multiplicação e estabelecimento de parasitóides em programas de controle biológico. Este trabalho teve como objetivo avaliar o desenvolvimento e o parasitismo de Lysiphlebus testaceipes (Cresson) em diferentes temperaturas, tendo como hospedeiro Aphis gossypii Glover. Os testes foram conduzidos em câmaras climáticas nas temperaturas de 15, 20, 25 e 30 ± 1°C, 60 ± 10% UR e fotofase de 10h. Cada ninfa hospedeira parasitada foi individualizada em placa de Petri (6 cm de diâmetro), contendo uma camada de agar-água e um disco foliar (2 cm de diâmetro) de crisântemo (Dendranthema grandiflorum Tzvelev) cultivar 'Yellow Snowdon'. O período de desenvolvimento de L. testaceipes foi de 26,9; 14,8; 11,3 e 12,2 dias nas temperaturas de 15, 20, 25 e 30ºC, respectivamente, e a porcentagem de emergência foi de 80, 61, 62 e 14% nas mesmas temperaturas. A taxa de parasitismo foi de 76, 68, 65 e 40% nas temperaturas de 15, 20, 25 e 30°C, respectivamente. A combinação do menor período de desenvolvimento e da porcentagem de parasitismo e de emergência maiores que 60%, encontrados a 25ºC, indicam que essa temperatura é a mais indicada para multiplicação e estabelecimento de L. testaceipes como agente de controle biológico de A. gossypii em ambientes protegidos.
The temperature is among the abiotic factors that directly affect the developmental time and behavior of insects. The adaptability to climatic conditions is a key point for the success of mass-rearing and establishment of parasitoids in biological control programs. The objective of this study was to evaluate the developmental time and parasitism of Lysiphlebus testaceipes (Cresson) on Aphis gossypii Glover as host in different temperatures. The tests were carried out in climatic chambers at 15, 20, 25 and 30 ± 1°C, 60 ± 10% RH and 10h photophase. Parasitized nymphs of A. gossypii were kept individualized in petri dishes (6 cm of diameter) on a leaf disk (2 cm diameter) of chrysanthemum (Dendranthema grandiflorum Tzvelev) 'Yellow Snowdon' cultivar on a layer of agar. The developmental time of L. testaceipes was 26.9, 14.8, 11.3 and 12.2 days at 15, 20, 25 and 30ºC, respectively. Parasitism rates were 76, 68, 65 and 40% at 15, 20, 25 and 30°C, and emergence rates were 80, 61, 62 and 14% at these temperatures. The combination of a low developmental time (11.3 days) and parasitism and emergency higher than 60% occurred at 25ºC, indicating that this temperature could be the most adequate for reproduction and establishment of L. testaceipes as a biological control agent of A. gossypii in protected cultivation.