Resumo Fundamento O impacto de se realizar uma intervenção coronária percutânea primária (ICPp) em horário fora do expediente sobre desfechos clínicos não está bem estabelecido. Objetivo Comparar as características e a ocorrência de eventos cardiovasculares adversos maiores (MACE) de ICPp realizada fora do horário de expediente versus ICPp realizada em horário de expediente em um centro de cardiologia de alto volume. Métodos Estudo prospectivo do tipo coorte de pacientes submetidos à ICPp por Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnivelamento do Segmento ST (IAMCSST) entre 2009 e 2019. Definimos horário fora do expediente como dias de trabalho entre 8pm e 7h59am, além de finais de semana e feriados. Comparamos pacientes tratados em horário de expediente e fora do horário do expediente quanto as características basais e eventos em um ano. Resultados Um total de 2560 pacientes foram tratados fora do horário de expediente e 1876 pacientes tratados em horário de expediente. Os grupos foram similares para a maioria das características basais. Uma carga de trombo mais alta foi observada em pacientes tratados fora do horário de expediente (50% x 45%; p < 0,01), e nesse grupo o acesso radial foi o mais frequentemente utilizado (62% x 58%; p = 0,01). O sucesso do procedimento não foi estatisticamente diferente entre os grupos (95,7% x 96,4%; p = 0,21). As taxas de MACE foram mais altas em pacientes tratados fora do horário de expediente em 30 dias (10,2% x 8,5%; p = 0,04) e em um ano de seguimento (15,4% x 13,1%; p = 0,03), devido às taxas mais elevadas de morte em 30 dias (7,8% x 6,1%; p = 0,03) e em um ano de seguimento (11,1% x 9,0%; p = 0,02). Conclusão Em um centro de cardiologia de alto volume, as características clínicas, os tempos porta-balão, o sucesso das ICPps e as taxas de complicação foram similares entre pacientes com IAMCSST tratados em horário de expediente e pacientes tratados fora do horário de expediente. Contudo, os pacientes tratados fora do horário de expediente apresentaram taxas mais altas de MACE e de mortalidade, apesar de taxas similares de infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. (ICPp estabelecido (MACE volume (IAMCSST 200 2019 pm 7h59am ham h am feriados 256 187 50% 50 (50 45% 45 0,01, 001 0,01 , 0 01 0,01) 62% 62 (62 58% 58 0,01. . 95,7% 957 95 7 (95,7 96,4% 964 96 4 0,21. 021 0,21 21 0,21) 3 10,2% 102 10 2 (10,2 8,5% 85 8 5 0,04 004 04 15,4% 154 15 (15,4 13,1% 131 13 1 0,03, 003 0,03 03 7,8% 78 (7,8 6,1% 61 6 11,1% 111 11 (11,1 9,0% 90 9 0,02. 002 0,02 02 0,02) clínicas portabalão, portabalão porta balão, balão porta-balão Contudo mortalidade cerebral 20 201 25 18 (5 00 0,0 (6 95,7 (95, 96,4 0,2 10,2 (10, 8,5 15,4 (15, 13,1 7,8 (7, 6,1 11,1 (11, 9,0 ( 0, 95, (95 96, 10, (10 8, 15, (15 13, 7, (7 6, 11, (11 9, (9 (1
Abstract Background The impact of performing a primary percutaneous coronary intervention (pPCI) off-hours on clinical outcomes is not well established. Objective Compare characteristics and major adverse cardiovascular events (MACE) of pPCI off-hours versus on-hours in a high-volume cardiology center. Methods Prospective cohort of patients who underwent pPCI for ST elevation myocardial infarction (STEMI) from 2009 to 2019. We defined off-hours pPCI as workdays from 8pm to 7:59 am as well as weekends and holidays. We compared patients treated on- and off-hours as to baseline characteristics and 1-year events. Results A total of 2,560 patients were treated off-hours and 1,876 patients treated on-hours. The groups were similar for most of the baseline characteristics. A higher thrombus burden was seen in patients treated off-hours (50% x 45%; p < 0.01), and in this group the radial access was more frequently used (62% x 58%; p = 0.01). Procedural success was not statistically different between the groups (95.7% x 96.4%; p = 0.21). MACE rates were higher in patients treated off-hours at 30 days (10.2% x 8.5%; p = 0.04) and at one year of follow-up (15.4% x 13.1%; p = 0.03), driven by higher death rates at 30 days (7.8% x 6.1%; p = 0.03) and at 1 year follow-up (11.1% x 9.0%; p = 0.02). Conclusion In a high-volume cardiology center, clinical characteristics, door-to-balloon times, procedural pPCI success and complication rates of STEMI patients treated on and off-hours were similar. However, patients treated off-hours presented higher MACE and mortality rates, in spite of similar MI and stroke rates. (pPCI offhours off hours established (MACE onhours highvolume high volume center (STEMI 200 2019 pm 759 7 59 7:5 holidays 1year 2560 2 560 2,56 1876 876 1,87 onhours. hours. 50% 50 (50 45% 45 0.01, 001 0.01 , 0 01 0.01) 62% 62 (62 58% 58 0.01. . 95.7% 957 95 (95.7 96.4% 964 96 4 0.21. 021 0.21 21 0.21) 3 10.2% 102 10 (10.2 8.5% 85 8 5 0.04 004 04 followup follow up 15.4% 154 15 (15.4 13.1% 131 13 0.03, 003 0.03 03 7.8% 78 (7.8 6.1% 61 6 11.1% 111 11 (11.1 9.0% 90 9 0.02. 002 0.02 02 0.02) doortoballoon door balloon times However 20 201 75 7: 256 56 2,5 187 87 1,8 (5 00 0.0 (6 95.7 (95. 96.4 0.2 10.2 (10. 8.5 15.4 (15. 13.1 7.8 (7. 6.1 11.1 (11. 9.0 25 2, 18 1, ( 0. 95. (95 96. 10. (10 8. 15. (15 13. 7. (7 6. 11. (11 9. (9 (1