Em uma sociedade capitalista, as decisões organizacionais, geralmente voltadas à dimensão econômica, desencadearam ou agravaram os problemas socioambientais em muitos países. Na busca por soluções de tais problemas, surge, na década de 1980, o conceito de desenvolvimento sustentável, propondo o atendimento das necessidades das gerações atuais sem comprometer o atendimento das necessidades das futuras gerações (COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO, 1988). Considerado um conceito subjetivo e passível de interpretação, o desenvolvimento sustentável propõe o atendimento de três dimensões essenciais: econômica, social e ambiental. Assim, sob a ótica organizacional, tomar decisões que contribuam para a sustentabilidade tornou-se, no mínimo, um grande desafio, pois, além da dimensão econômica, os decisores deverão lidar simultaneamente com as dimensões sociais e ambientais. Isso mostra a existência de níveis de decisões definidos como simples, medianos e complexos, os quais tendem a comprometer ou influenciar de forma distinta o alcance da sustentabilidade, conforme o atendimento satisfatório ou não das dimensões. Diante desse desafio, como ensaio teórico-metodológico, este artigo tem como objetivo apresentar uma compreensão da sustentabilidade por meio dos níveis de complexidade das decisões organizacionais. Para alcançar esse objetivo, propõem-se critérios relevantes que compõem cada uma das dimensões da sustentabilidade, identificando as relações (sistêmicas) que podem ocorrer entre os critérios durante a tomada de decisões organizacionais. Como resultado do cruzamento entre níveis de complexidade de decisões e as dimensões da sustentabilidade, obteve-se a estrutura de uma matriz de complexidade das decisões direcionadas à sustentabilidade. De caráter qualitativo, a matriz visa mostrar como o decisor ou pesquisador pode classificar as decisões consideradas relevantes e como poderá tomar decisões complexas que integrem satisfatoriamente as três dimensões da sustentabilidade.
In a capitalist society, organizational decisions, usually aimed at the economic dimension, triggered or exacerbated the socio-environmental problems in many countries. In the search for solutions to such problems arises in the 1980s the concept of sustainable development proposing to meet the needs of present generations without compromising the care of the needs of future generations (COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO, 1988). Considered a subjective concept and open to interpretation, sustainable development, includes support of three essential dimensions: the economic, the social and the environmental one. Thus, under the organizational perspective, to make decisions that contribute to sustainability, has become at least a big challenge, because beyond the economic dimension, decision makers must deal simultaneously with the social and environmental dimensions. This shows that there are levels of decisions defined as simple, average, and complex and that these levels tend to influence or compromise the achievement of sustainability differently, depending on the service satisfactory or not of the dimensions. Faced with this challenge this paper, while theoretical essay aims to present an understanding of sustainability through the level of complexity of organizational decisions. To achieve this goal, it is proposed the relevant criteria that compose each dimension of sustainability, identifying the relationships (systemic) that may occur between the criteria for organizational decision making. As a result of crossing between levels of complexity of decisions and the dimensions of sustainability, a structure of a complex matrix of decisions was obtained to address sustainability. The qualitative matrix shows how the decision-maker or researcher may classify the decisions considered relevant and how he can make complex decisions that integrate satisfactorily the three dimensions of sustainability.
En una sociedad capitalista, las decisiones de organización, por lo general destinadas a la dimensión económica, provocan o exacerban los problemas socio-ambientales en muchos países. En la búsqueda de soluciones a estos problemas surge en la década de 1980 el concepto de desarrollo sostenible propuesto para satisfacer las necesidades de las generaciones presentes sin comprometer la atención de las necesidades de las generaciones futuras (COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO, 1988). Considerado como un desarrollo subjetivo y abierto a la interpretación, la sostenibilidad incluye soporte de tres dimensiones esenciales: económica, social y ambiental. Así, bajo el punto de vista organizativo, para tomar decisiones que contribuyan a la sostenibilidad, se ha convertido por lo menos un gran desafío, porque más allá de contemplar la dimensión económica debe abordar simultáneamente las dimensiones social y medioambiental. Esto muestra que hay niveles de decisiones se definen como simple, promedio y complejo y que estos niveles tienden a influir o poner en peligro la sostenibilidad de manera diferente, dependiendo del servicio satisfactorio o no de las dimensiones. Ante este reto, este artículo tiene como objetivo presentar una comprensión de la sostenibilidad a través del nivel de complejidad de las decisiones de la organización. Para lograr este objetivo, este trabajo en su carácter teórico-metodológico considera los criterios pertinentes que componen cada dimensión de la sostenibilidad y la identificación de las relaciones (sistémico) que pueden ocurrir entre los criterios para la toma de decisiones de la organización. Como resultado del cruce entre los niveles de complejidad de las decisiones y las dimensiones de la sostenibilidad, se obtuvo la estructura de una matriz de los niveles de complejidad de las decisiones para abordar la sostenibilidad. En su enfoque cualitativo, la matriz tiene por objeto mostrar cómo en la toma de decisiones el investigador puede clasificar a las decisiones que considere pertinentes y cómo puede tomar decisiones complejas que se integran de manera satisfactoria a las tres dimensiones de la sostenibilidad.