RESUMO: Neste artigo, o Professor Angel Pino problematizou o paradoxo da natureza humana do homem, ao analisar como os sentidos do adjetivo humano podem qualificar tal natureza. Ao indagar sobre como o ser biológico se transforma em ser humano pela ação da cultura que ele próprio produz, o autor buscou expandir e adensar os argumentos na perspectiva do materialismo histórico e dialético e discutir as implicações das teses vigotskianas sobre a emergência histórica e cultural das funções psicológicas especificamente humanas, da dimensão simbólica, da consciência. Ao admitir a contradição inerente às relações natureza-cultura e comentar sobre as possibilidades atuais da biotecnologia na ciência contemporânea, Pino elaborou conceitualmente sobre a atividade criadora do homem, procurando explicitar como as marcas do humano, marcas da história e da cultura, se inscrevem e se tornam constitutivas do funcionamento orgânico na espécie Homo. Apontando para a complexidade da condição humana, o autor ainda teceu considerações sobre as implicações éticas dessa condição.
ABSTRACT: In this article, Professor Angel Pino brought the paradox of human nature of man to the fore, analyzing how the meanings of the adjective human can qualify this nature. Inquiring about how biological beings become human beings by the action of the very culture they produce, the author attempted to expand and deepen arguments from the perspective of historical and dialectical materialism, while discussing the implications of the Vigotskian theses on the historical and cultural emergence of specifically human psychological functions in the symbolic dimension of consciousness. Assuming the inherent contradiction in nature-culture relations and commenting on the current possibilities of biotechnology in contemporary science, Professor Pino elaborated concepts on the creative activity of man, seeking to explain how specifically human marks, marks of history and culture become inscribed in and constitute the organic functioning of the Homo specie. By pointing the complexity of the human condition, the author also makes remarks about its ethical implications.
RÉSUMÉ: Dans cet article, le professeur Angel Pino problematise le paradoxe de la nature humaine de l’homme, en analysant comment les sens de l’adjectif humain peuvent qualifier une telle nature. En s’interrogeant sur la façon dont l’être biologique devient un être humain par l’action de la culture qu’il lui-même produit, l’auteur a essayer d’ élargir et approfondir les arguments du point de vue du matérialisme historique et dialectique, et discute aussi des implications des thèses de vigotskiennes sur l’émergence historique et culturel des fonctions psychologiques spécifiquement humaines, de la dimension symbolique, de la conscience. En admettant la contradiction inhérente à la relation nature-culture et en faisant des commentaires sur les possibilités actuelles de la biotechnologie dans la science contemporaine, Prof. Pino a conceptuelment élaboré sur l’activité créatrice de l’homme, en essayant d’expliquer comment les marques humaines, les marques de l’histoire et de la culture, font partie et devient constitutives du fonctionnement organique dans l’espèce Homo. Soulignant la complexité de la condition humaine, l’auteur a encore fait des considérations sur les implications éthiques de cette condition.