RESUMO O aneurisma gigante da artéria esplênica constitui condição rara, que representa risco de vida iminente para o paciente, necessitando, consequentemente, de correção cirúrgica urgente. Mulher de 61 anos, ex-fumante, hipertensa, com hipercolesterolêmica e multípara nos procurou por apresentar grande tumor no mesogástrio, achado de ultrassonografia abdominal. Apesar das dimensões do tumor, era assintomática. Angiotomografia e ressonância magnética de abdômen sugeriam tratar-se de aneurisma gigante de artéria esplênica com mais de 10cm de diâmetro, confirmado por angiografia. Foi submetida a tratamento cirúrgico aberto, tendo sido realizadas esplenectomia e aneurismectomia parcial. A abordagem do tronco celíaco, que foi ligado, só foi possível com rotação visceral medial, pois não havia possibilidade de visualizá-lo pela via anterior. O exame anatomopatológico da parede do saco aneurismático revelou placas de ateroma na íntima. A paciente evoluiu sem intercorrências e teve alta hospitalar curada. Aneurismas da artéria esplênica de dimensões avantajadas, em geral, são sintomáticos, porém, como no caso em questão, podem ser assintomáticos e descobertos em exame de imagem do abdômen. Apesar de existirem métodos intervencionistas menos invasivos, como laparoscopia e técnicas endovasculares, eles não foram considerados adequados neste caso. Diante de um aneurisma gigante de artéria esplênica, a conduta terapêutica de eleição é a cirurgia convencional aberta.
ABSTRACT Giant splenic artery aneurysm is a rare condition that represents an eminent life threatening for the patient, requiring, therefore, urgent surgical correction. A 61-year-old woman, former smoker, hypertensive, hypercholesterolemic and multipara sought our service because of a large tumor in the mesogastrium, which was an abdominal ultrasound finding. Despite the size of the tumor, the patient was asymptomatic. The angiotomography and the magnetic resonance image of the abdomen were suggestive of giant splenic artery aneurysm with more than 10cm in diameter that was confirmed by an angiography. She underwent surgery, open splenectomy, and partial aneurysmectomy. The approach of the celiac artery, which was ligated, was only possible with medialvisceral rotation because there was no possibility to view it through the anterior access. The histopathological test of aneurysmatic wall revealed atheroma plaques in the intima. The patient progressed without complications and she was discharged cured. In general, giant splenic artery aneurysms are symptomatic, however, as in the case we report, it may be asymptomatic and found in abdominal imaging exam. Although less invasive Interventional methods exist, such as laparoscopy and endovascular techniques, they were considered inappropriate in this case. Conventional open surgery should be the therapy of choice for a giant splenic artery aneurysm.