FUNDAMENTO: O Sistema Único de Saúde (SUS) realiza aproximadamente 80% das intervenções coronarianas percutâneas (ICP) no Brasil. O conhecimento desses dados permitirá planejar adequadamente o tratamento da doença arterial coronariana (DAC). OBJETIVO: Analisar e discutir os resultados das ICP realizadas pelo SUS. MÉTODOS: Foram avaliados os dados do SIH/DATASUS disponibilizados para consulta pública. RESULTADOS: Entre os anos de 2005 a 2008 foram realizados 166.514 procedimentos em 180 hospitais. A mortalidade hospitalar média foi de 2,33%, variando de 0% a 11,35%, sendo mais baixa no Sudeste, 2,03% e mais alta na região Norte, 3,64% (p < 0,001). A mortalidade foi de 2,33% nos 45 (25%) hospitais de maior volume, responsáveis por 101.218 (60,8%) das ICP, 2,29% nos 90 (50%) de médio volume com 50.067 (34,9%) ICP e 2,52% nos 45 (25%) de pequeno volume com 7.229 (4,3%) ICP (p > 0,05). A mortalidade foi maior no gênero feminino (p < 0,0001), e nas idades > 65 a (p < 0,001). No diagnóstico de angina (79.324, 47,64%) a mortalidade foi de 1,03% e no de IAM (33.286, 32,30%) 6,35% (p < 0,0000001). No implante único de stent, o mais frequente (102.165, 61,36%), a mortalidade foi de 1,20%, e na ICP primária (27.125, 16,29%), 6,96%. CONCLUSÃO: Embora crescente, ainda é baixo o número de ICP no país. Os hospitais de grande volume, em menor número, foram responsáveis pela maior parte dos procedimentos. O implante único de stent por internação foi o procedimento reportado mais empregado. As mortalidades tiveram grande variabilidade entre os hospitais. A ICP primária foi a responsável pela maior taxa de mortalidade.
BACKGROUND: The Brazilian Public Health System (SUS) holds approximately 80% of percutaneous coronary interventions (PCI) in Brazil. Being aware of these data will enable to design a proper plan for the treatment of coronary artery disease (CAD). OBJECTIVE: To review and discuss the results of PCIs performed by the SUS. METHODS: We reviewed data from SIH/DATASUS available for public consultation. RESULTS: From 2005 to 2008, 166,514 procedures were performed in 180 hospitals. Average hospital mortality was 2.33%, ranging from 0% to 11.35%, being lower in the Southeast, 2.03% and higher in the northern region, 3.64% (p < 0.001). The mortality rate was 2.33% in 45 (25%) higher-volume hospitals, accounting for 101,218 (60.8%) of the PCIs, 2.29% in 90 (50%) medium-volume hospitals with 50,067 (34.9%) PCIs and 2.52% in 45 (25%) small-volume hospitals with 7,229 (4.3%) PCIs (p > 0.05). Mortality was higher in females (p < 0.0001) and at ages > 65 to = (p < 0.001). In the diagnosis of angina (79,324, 47.64%) mortality was 1.03%, and AMI (33,286, 32.30%) 6.35% (p < 0.0000001). In the single stent implantation, the most common (102,165, 61.36%), mortality was 1.20%, and primary PCI (27,125, 16.29%), 6.96%. CONCLUSION: Although it is growing, the number of PCIs in Brazil is still low. High-volume hospitals, in smaller numbers, accounted for most procedures. Single stent implantation through hospital admission was reported to be most commonly used procedure. Mortality rates were highly variable among the hospitals. Primary PCI was responsible for the highest mortality rate.
FUNDAMENTO: El Sistema Único de Salud (SUS) realiza aproximadamente 80% de las intervenciones coronarias percutáneas (ICP) en el Brasil. El conocimiento de esos datos permitirá planear adecuadamente el tratamiento de la enfermedad arterial coronaria (EAC). OBJETIVO: Analizar y discutir los resultados de las ICP realizadas por el SUS. MÉTODOS:Fueron evaluados los datos del SIH/DATASUS disponibles para la consulta pública. RESULTADOS: Entre los años 2005 a 2008 fueron realizados 166.514 procedimientos en 180 hospitales. La mortalidad hospitalaria media fue de 2,33%, variando de 0% a 11,35%, siendo más baja en el Sudeste, 2,03% y más alta en la región Norte, 3,64% (p < 0,001). La mortalidad fue de 2,33% en los 45 (25%) hospitales de mayor volumen, responsables por 101.218 (60,8%) de las ICP, 2,29% en los 90 (50%) de medio volumen con 50.067 (34,9%) ICP y 2,52% en los 45 (25%) de pequeño volumen con 7.229 (4,3%) ICP (p > 0,05). La mortalidad fue mayor en el género femenino (p < 0,0001), y en las edades > 65 a (p < 0,001). En el diagnóstico de angina (79.324, 47,64%) la mortalidad fue de 1,03% y en el de IAM (33.286, 32,30%) 6,35% (p < 0,0000001). En el implante único de stent, el más frecuente (102.165, 61,36%), la mortalidad fue de 1,20%, y en la ICP primaria (27.125, 16,29%), 6,96%. CONCLUSIÓN:Aunque creciente, aun es bajo el número de ICP en el país. Los hospitales de gran volumen, en menor número, fueron responsables por la mayor parte de los procedimientos. El implante único de stent por internación fue el procedimiento reportado como más empleado. Las mortalidades tuvieron gran variabilidad entre los hospitales. La ICP primaria fue la responsable por la mayor tasa de mortalidad.