Este artigo analisa a singularidade da ação dos agentes comunitários de saúde em sua circulação pelo território, no município de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Considerou-se que os encontros entre agentes e território extrapolam as prescrições e expectativas das políticas de saúde. Problematizou-se a produção de uma imagem idealizada dos agentes, no qual são vistos como a 'mola propulsora' das transformações esperadas da Atenção Básica. Ao se analisar a complexidade das demandas presentes em seu cotidiano de trabalho, destacou-se a multiplicidade de estratégias de cuidado produzidas pelos agentes comunitários. A singularidade de cada território, das equipes de saúde e da gestão, entre outras numerosas variabilidades, pressiona os agentes e os demais trabalhadores das equipes da Estratégia Saúde da Família a encarar uma realidade bastante distinta do que se supõe. Destacou-se, portanto, a importância de se produzir uma posição crítica e reflexiva, colocando em questão os limites e possibilidades dessa prática, a fim de potencializar as estratégias de cuidado ali existentes.
This article analyzes the uniqueness of the action of the community health workers when circulating through the territory in the municipality of Porto Alegre, state ofRio Grande do Sul, Brazil. It was considered that the meetings between agents and the territory go beyond the requirements and expectations of the health policies. The production of an idealized image of the agents, who are seen as the 'driving force' of the changes expected from Primary Care, was problematized. When analyzing the complexity of the demands in their daily work, the highlight was the multiplicity of care strategies community workers produce. The uniqueness of each territory and of the health and management teams, among several other variables, puts pressure on the agents and other workers who are part of the Family Health Strategy teams to face a reality that is very different from the one that one may suppose exists. Therefore, the emphasis was on the importance of producing a critical and reflexive position, calling into question the limits and possibilities of this practice in order to enhance the care strategies in use there.
Este artículo analiza la singularidad de la acción de los agentes comunitarios de salud en su circulación por el territorio, en el municipio de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Se consideró que los encuentros entre agentes y territorio extrapolan los preceptos y las expectativas de las políticas de salud. Se problematizó la producción de una imagen idealizada de los agentes, según la cual son vistos como el 'motor propulsor' de las transformaciones que se espe-ran de la atención primaria. Al analizar la complejidad de las demandas presentes en su trabajo cotidiano, se destacó la multiplicidad de estrategias de cuidados producidas por los agentes comunitarios. La singularidad de cada territorio, de los equipos de salud y de gestión, entre otras numerosas variabilidades, presiona a los agentes y a los demás trabajadores de los equipos de la Estrategia Salud de la Familia para hacer frente a una realidad bastante diferente de lo que se supone. Se hizo hincapié, por lo tanto, en la importancia de producir una posición crítica y reflexiva, cuestionando los límites y posibilidades de esta práctica, con el fin de potencializar las estrategias de cuidado.