Resumo A precarização laboral não se restringe à intensificação do ritmo de trabalho, à diversificação das tarefas, à adoção de novas formas de gestão, às terceirizações e às privatizações. Mais do que isso, cria novas formas de subjetivação. O objetivo deste estudo é problematizar a produção subjetiva da precarização laboral. Foi analisado o caso de uma mulher de 30 anos, que solicitou demissão de uma instituição financeira privada após desenvolver Síndrome do Pânico. Esta pesquisa caracteriza-se como um estudo de caso de caráter qualitativo, exploratório-descritivo e transversal. No caso apresentado, a participante opta por realizar um trabalho precário após deixar o seu antigo emprego. Entende-se que a escolha pelo trabalho precário não significou a vitória do desejo de desfrutar o seu próprio trabalho, mas a simples necessidade de manter a subsistência material. Concluiu-se que é necessário aprofundar a questão da produção subjetiva da precarização, buscando entender possíveis modos de resistência a essa.
Abstract Labor precarization is not only about intensification of work rhythm, diversification of tasks, adoption of new forms of management, outsourcing and privatization. More than that, labor precarization creates new forms of subjectivity. This study aimed to discuss the subjective production of labor precarization. The case of a 30 year-old woman who requested resignation of a private financial institution after developing Panic Disorder was analyzed. This research is characterized as a qualitative, exploratory-descriptive and transversal case study. In the case, the participant chooses to make a precarious job after leaving her former job. The choice of precarious labor did not mean the achievement of a desire to enjoy the individual’s own work, but simply meant as a way of maintaining material subsistence. It was concluded that it is necessary to deepen the question of subjective production precarization, trying to understand possible forms of resistance to this.
Resumen Precarización del trabajo no sólo abarca la intensificación del ritmo de trabajo, la diversificación de las tareas, la adopción de nuevas formas de gestión, la externalización y privatizaciones. Más que eso, la precariedad laboral crea nuevas formas de subjetividad. El objetivo de este estudio es analizar la producción subjetiva de precariedad laboral. Se analizó el caso de una mujer de 30 años, quien pidió la dimisión de una institución financiera privada después de desarrollar trastorno de pánico. Esta investigación se caracteriza como un caso de estudio cualitativo, exploratorio, descriptivo y transversal. En nuestro caso, la participante opta por hacer un trabajo precário después de salir de su empleo anterior. La elección del trabajo precario no significó la victoria del deseo de disfrutar de su propio trabajo, pero la simple necesidad de mantener la subsistencia material. Se concluyó que es necesario profundizar la cuestión de la producción subjetiva de la precarización, buscando entender posibles modos de resistencia a esa.