Esta pesquisa busca promover reflexões sobre a clínica psicológica enquanto lugar de abertura a uma fala criadora de sentido, partindo da experiência de sujeitos usuários. Compreendendo que há uma especificidade da linguagem no espaço da clínica, acredita-se que este trabalho possibilite maior clareza quanto à propriedade, singularidade e importância dessa temática, além de levar a reflexões e discussões, tanto do ponto de vista teórico quanto dos campos de atividade do psicólogo. A modalidade clínica escolhida para refletir acerca da linguagem expressa na narrativa do sujeito foi a psicoterapia. Para isso, utilizou-se, enquanto método investigativo, a perspectiva fenomenológica existencial para compreender e interpretar, pela hermenêutica, as experiências de três clientes, sem levar em consideração idade, sexo e abordagem teórica, pois o objetivo foi colher narrativas acerca da experiência na clínica psicológica, sem especificidades. O acesso a essas pessoas se deu a partir de um contato prévio com colegas de profissão, o que possibilitou uma interlocução direta. Foi feita uma pergunta disparadora/provocadora, a fim de que os sujeitos pudessem transitar livremente por suas experiências. As discussões tornaram-se possíveis a partir de afetações e reflexões entre relatos e pesquisadora, bem como através de diálogos com autores que transitam pelo tema.
This paper intends to promote a reflection on the psychological clinic as an opening place to a creative speech of direction, starting from the experience of the users. Taking into account that there is a particularity of the language in the clinic, one believes that this work makes possible a better understanding of the uniqueness, singularity and importance of this field, leads to reflections and discussions and gives support to the academy and the psychologist's fields of activity. The clinical modality chosen to reflect the expressed language in the narrative of the subjects was psycotherapy. For this, it was used the existencial phenomenological methodology to understand and to interpret, through hermeneutics, the experiences of three patients, without taking in consideration age, sex and theoretical approach, because the objective was to collect narratives concerning the experience in the psychological clinic without any specification. The access to these people was made through a previous meeting with colleagues, what made possible the direct contact with the subjects. A triggering/provoking question was asked with the intention of making the patients speak feely about their experience. The discussions became possible from affectations and reflections among the testimonies and the researcher, as well as from dialogues with authors who deal with this field.