RESUMO Objetivo: Quantificar a retroversão pélvica durante avaliação clínica da flexão do quadril com acelerômetros e verificar a confiabilidade destes sensores para mensurar flexão do quadril. Métodos: Posicionou-se um acelerômetro lateralmente na pelve para mensurar retroversão pélvica. Outro foi posicionado anteriormente sobre a coxa para avaliar flexão do quadril. As avaliações foram realizadas com voluntários, em decúbito dorsal, por três avaliadores. Para avaliação da retroversão pélvica, determinou-se a média ± DP (mínimo-máximo). Avaliou-se a confiabilidade dos acelerômetros entre avaliadores pelo coeficiente de correlação intraclasse (CCI). Determinou-se o coeficiente de correlação linear entre as mensurações de flexão do quadril com goniômetro e acelerômetro. Resultados: A retroversão pélvica média foi de 7,3° ± 0,93° (6°-11°), mensurada no limite clínico da flexão do quadril, que foi de 106,25° ± 10,46° (93°-130°), ambos com acelerômetro. Os CCI entre dois avaliadores diferentes nas avaliações de flexão do quadril foram de 0,60, 0,71 e 0,74 (goniômetro) e 0,46, 0,71 e 0,83 (acelerômetro). A correlação linear entre as mensurações de flexão do quadril com goniômetro e acelerômetro foi de 0,87. Conclusão: Durante avaliação clínica da amplitude final de flexão do quadril, houve movimentação associada da pelve aproximadamente de 7,3°. Acelerômetros mostraram-se confiáveis para mensuração da flexão do quadril. Nível de evidência III, Estudo de pacientes não consecutivos sem padrão de referência “ouro” aplicado uniformemente.
ABSTRACT Objective: To quantify pelvic retroversion during clinical evaluation of hip flexion with accelerometers and to verify the reliability of these sensors to measure hip flexion. Methods: An accelerometer was positioned laterally in the pelvis to measure pelvic retroversion. Another accelerometer was positioned anteriorly on the thigh to evaluate hip flexion amplitude. The evaluations were performed with volunteers in supine position by three raters. For evaluation of pelvic retroversion, the mean ± SD (minimum-maximum) was calculated. Reliability of the accelerometer between raters was determined by intraclass correlation coefficients (ICC). The linear correlation coefficient between hip flexion was determined by using goniometer and accelerometer. Results: The mean pelvic retroversion was 7.3° ± 0.93° (6°-11°) in the clinical limit of the hip range of motion, which was 106.25° ± 10.46° (93°-130°). The ICC between two raters were 0.60, 0.71 and 0.74 (goniometer) and 0.46, 0.71 and 0.83 (accelerometer). The linear correlation between hip flexion measurements with goniometer and accelerometer was 0.87. Conclusion: During clinical evaluation of the final range of hip flexion, there was an associated pelvic movement of approximately 7.3º. Accelerometers have proven to be reliable for measurement of hip flexion. Level of Evidence III, Study of nonconsecutive patients with no gold reference standard applied uniformly.