Com o objetivo de estudar os efeitos de probióticos no desempenho de frangos de corte consumindo dietas com farinhas de carne e ossos com diferentes contaminações bacterianas, foi realizado um experimento na Universidade Federal de Lavras, no qual foram utilizados 576 pintos da linhagem Hubbard, com um dia de idade, metade de cada sexo. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, num esquema fatorial 4 x 3 (rações e probióticos) com 4 repetições de 12 aves alojadas em baterias metálicas e o período experimental foi de 1 a 28 dias de idade. Os tratamentos foram constituídos de 4 rações, uma sem farinha de carne e ossos e com fosfato bicálcico (testemunha), e as outras três com farinhas de carne e ossos de alto (1,0 x 104), médio(4,5 x 103) e baixo (1,0 x 103) teor de contaminação bacteriana. Cada uma dessas rações foi fornecida sem probiótico, ou com um probiótico com cerca de três bilhões de células viáveis por grama, que tem como agentes ativos o Lactobacillus acidophilus, Streptococcus faecium e Sacharomices cerevisae, fornecido na ração na dose de 10 g/ton ou ainda com um probiótico que contém Enterococcus faecium, Lactobacillus acidófillus, Lactobacillus plantarum e Lactobacillus sp como agentes ativos, na concentração de 3 x 1010 ufc/g do produto, adicionado na água nas primeiras 24 horas de vida dos pintinhos, na proporção de 1,33 g/L de água. Observou-se pela análise da variância dos resultados que não houve efeito dos tratamentos (P>0,05) sobre o ganho de peso e consumo de ração e na conversão alimentar, para as aves que consumiram a ração com baixa contaminação. A inclusão de farinha de carne e ossos nas rações melhorou a conversão alimentar para as aves que receberam a ração com alta e média contaminação, independente do uso de probiótico. Verificaram-se redução nos casos de diarréia durante a primeira semana de vida dos pintinhos, com o uso de probióticos, e aumento na incidência de diarréia, quando se utilizou farinha de carne e ossos com médio e alto nível de contaminação bacteriana.
Aiming to study the effects of probiotics on performance of broiler chickens fed on diets containing bone and meat meal with different levels of bacterial contamination, an experiment was carried out in the Federal University of Lavras . 576 one-day-old broiler chicken of the Hubbard line, of both sexes, were used. The experimental design was completely randomized, in a 4 X 3 scheme (4 rations and 3 probiotics) with 4 replications, being 12 birds per plot, housed in cages. The treatments were made up of 4 rations, one with no meat meal and with bicalcic phosphate (check) and the other three with meat meal with high, medium and lower levels of contamination (1.0x104, 4.5x103 and 1.0x103 ufc/g), respectively. Each of these rations were fed: without probiotic; with a probiotic containing about 3 billion viable cells pergram of Lactobacillus acidophilus, Streptococcus faecium e Sacharomices cerevisae, at the a dose of 10 g/ton; and a probiotic containing Enterococcus faecium, Lactobacillus acidófillus, Lactobacillus plantarum e Lactobacillus sp., at the concentration of 3 X1010 ufc/g of this product, added to water (1.33 g/L) in the first 24 hours of chick's life. It was found that there was not any significant effects (P<0.05) on the weight gain, feed intake and feed conversion, for the birds fed on the ration with low level contamination. The inclusion of bone and meat meal resulted in a better feed conversion for the birds fed on the rations with high and medium contamination. It was observed a reduction on the appearance of diarrhea, during the first week chick's life, when the probiotics were used and an increase when bone and meat meal with medium and high level of contamination.