Resumo Objetivo: Avaliar o papel da sequência em difusão na avaliação de lesões mamárias suspeitas na ressonância magnética (RM), correlacionando seus achados com os resultados histológicos. Materiais e Métodos: Foi realizado estudo retrospectivo, descritivo, baseado na análise de prontuários médicos de 215 pacientes que realizaram RM com sequência em difusão e que foram submetidas a biópsia em um centro de referência oncológico. Foi calculado o valor do coeficiente de difusão aparente (ADC – apparent diffusion coefficient) para cada lesão e o resultado histológico foi considerado como padrão ouro. Resultados: A idade média das pacientes foi 49 anos. Foram identificadas 252 lesões, e destas, 161 (63,9%) eram lesões malignas na avaliação histológica. A média obtida do valor do ADC nas lesões benignas (1,50 × 10–3 mm2/s) foi superior à média das lesões malignas (0,97 × 10–3 mm2/s), com significância estatística (p < 0,001). O ponto de corte com maior sensibilidade e especificidade pela curva receiver operating characteristic foi 1,03 × 10–3 mm2/s. Com a combinação da difusão com os achados da RM, a acurácia chegou a 95,9%, com sensibilidade de 95,7% e especificidade de 96,4%. Conclusão: O uso da sequência em difusão pode auxiliar na caracterização das lesões mamárias, principalmente daquelas classificadas como BI-RADS 4, aumentando a especificidade e a acurácia diagnóstica da RM.
Abstract Objective: To assess the role of diffusion-weighted imaging (DWI) in the evaluation of breast lesions classified as suspicious on magnetic resonance imaging (MRI), correlating the findings with the results of the histological analysis. Materials and Methods: This was a retrospective, descriptive study based on a review of the medical records of 215 patients who were submitted to MRI with DWI before undergoing biopsy at a cancer center. Apparent diffusion coefficient (ADC) values were calculated for each lesion, and the result of the histological analysis was considered the gold standard. Results: The mean age was 49 years. We identified 252 lesions, 161 (63.9%) of which were found to be malignant in the histological analysis. The mean ADC value was higher for the benign lesions than for the malignant lesions (1.50 × 10–3 mm2/s vs. 0.97 × 10−3 mm2/s), the difference being statistically significant (p < 0.001). The ADC cut-off point with the greatest sensitivity and specificity on the receiver operating characteristic curve was 1.03 × 10−3 mm2/s. When the DWI and conventional MRI findings were combined, the accuracy reached 95.9%, with a sensitivity of 95.7% and a specificity of 96.4%. Conclusion: The use of DWI could facilitate the characterization of breast lesions, especially those classified as BI-RADS 4, increasing the specificity and diagnostic accuracy of MRI.