RESUMO Objetivo: caracterizar a adesão autorrelatada dos pacientes com doenças cardiovasculares ao uso de novos anticoagulantes orais e identificar os fatores relacionados à adesão a esses medicamentos. Método: estudo descritivo, correlacional e transversal, com paciente ambulatorial. A coleta de dados sociodemográficos, clínicos e de adesão, por meio da Medida de Adesão aos Tratamentos, ocorreu por telefone. Empregaram-se análises descritiva, de correlação e de regressão linear múltipla. Resultados: participaram do estudo 120 pacientes em uso de novos anticoagulantes há 32,3 meses, em média. Mais da metade da amostra era de mulheres, inativas profissionalmente, com média de idade de 70,1 anos e renda familiar média de 6,7 salários mínimos. O escore médio de adesão foi de 5,7, em um intervalo possível entre 1 e 6, indicando adesão medicamentosa. Situação empregatícia inativa, sexo feminino, maior renda familiar e acompanhamento em ambulatório público relacionaram-se à maior adesão a esses medicamentos. Conclusão: os pacientes apresentaram elevada adesão aos novos anticoagulantes. Situação empregatícia, sexo, renda familiar e tipo de acompanhamento ambulatorial relacionaram-se à adesão medicamentosa, devendo ser considerados no delineamento de intervenções para esse público.
ABSTRACT Objective: To characterize the self-reported adherence of patients with cardiovascular diseases to the use of new oral anticoagulants and to identify factors related to adherence to these drugs. Method: This is a descriptive, correlational, and cross-sectional study, carried out with outpatients. The collection of sociodemographic, clinical, and adherence data, through the Measurement of Adherence to Treatments, was made through telephone calls. Descriptive, correlation, and multiple linear regression analyses were used. Results: A total of 120 patients using new anticoagulants for 32.3 months, on average, participated in the study. More than half of the sample consisted of women, who were professionally inactive, with a mean age of 70.1 years and a mean family income of 6.7 minimum wages. The mean adherence score was 5.7, in a possible range between 1 and 6, indicating medication adherence. Inactive employment status, female sex, higher family income, and follow-up at a public outpatient clinic were related to greater adherence to these medications. Conclusion: The patients showed high adherence to new anticoagulants. Employment status, sex, family income, and type of outpatient follow-up were related to medication adherence, and should be considered in the design of interventions for this public.
RESUMEN Objetivo: caracterizar la adhesión autorrelatada de los pacientes con enfermedades cardiovasculares al uso de nuevos anticoagulantes orales e identificar los factores relacionados a la adhesión a esos medicamentos. Método: estudio descriptivo, correlacional y transversal, con paciente ingresado. La recolección de datos sociodemográficos, clínicos y de adhesión, por medio de la Medida de Adhesión a los Tratamientos, ocurrió a través del teléfono. Se utilizaron el análisis descriptivo, correlacional y de regresión lineal múltiple. Resultados: participaron del estudio 120 pacientes que utilizaron nuevos anticoagulantes por 32,3 meses, aproximadamente. Más de la mitad de la muestra estuvo compuesta de mujeres jubiladas, con edad promedia de 70,1 años y remuneración familiar promedia de 6,7 sueldos mínimos. El score promedio de adhesión fue de 5,7, dentro de un período posible entre 1 y 6, lo que indicó adhesión farmacológica. Conclusión: los pacientes presentaron elevada adhesión a los nuevos anticoagulantes. Situación laboral, sexo, renta familiar y tipo de acompañamiento en ambulatorio estuvieron relacionados a la adhesión farmacológica, debiendo ser considerados en la delineación de intervenciones para ese público.