OBJETIVO: Relatar nossa experiência inicial com utilização do dispositivo mecânico para realização de anastomose aorta-safena. MÉTODO: Entre junho/2002 e maio/2003, 17 pacientes (pts) foram selecionados para emprego de anastomose mecânica, sendo 13 homens, com idade média de 64,4±9,4 anos, portadores de doença arterial coronariana. Foram realizadas 2,9±0,5 anastomoses/paciente, totalizando 49, sendo 19 com utilização de enxertos arteriais e 30 com veia safena. Dentre as pontes de veia safena, 11 (36,7%) foram convencionais e 19 (63,3%) utilizaram sutura mecânica (SM) aorto-safena. No período pós-operatório, foram analisados evolução clínica, alterações enzimáticas e eletrocardiográficas, bem como estudo angiográfico das anastomoses. RESULTADOS: Dos 17 pts, a SM foi empregada em 16 (94,1%). Utilizou-se circulação extracorpórea em 6 (37,5%) dos 16 pts que receberam SM, com tempo médio de 102,9 ± 16,9 minutos. A evolução pós-operatória foi satisfatória em todos os pts. No pós-operatório, não foram observadas alterações isquêmicas ou IAM em nenhum paciente. O estudo angiográfico das anastomoses foi realizado em 9 (52,9%) pts. As anastomoses da artéria torácica interna esquerda para ramo interventricular anterior apresentavam-se pérvias em 100% dos casos. Das 15 anastomoses de veia safena estudadas, 11 (73,3%) eram de SM e 9 (81,8%) apresentavam-se pérvias. Todas anastomoses convencionais de veia safena estavam pérvias. Não se observou óbito hospitalar. No seguimento tardio, 88,2% dos pacientes apresentam-se livres de eventos cardiovasculares. CONCLUSÕES: A SM mostrou-se factível, mas é necessária uma análise mais ampla dos benefícios de sua utilização em relação ao tempo operatório, agressão ao paciente, perviabilidade do enxerto e custo final.
OBJECTIVE: To report on our initial clinical experience of the utilization of a mechanical anastomotic device (MAD) to perform saphenous vein graft to aorta anastomosis. METHOD: Between June 2002 and May 2003, 17 patients, including 13 male, with a mean age of 64.4 ± 9.4 years, were selected for coronary artery bypass grafting using MAD. A total of 49 anastomoses, 19 arterial and 30 vein grafts, were performed with a mean of 2.9 ± 0.5 anastomoses per patient. Eleven (36.7%) vein-graft anastomoses were performed with conventional sutures and 19 (63.3%) using MAD. The clinical evolution, enzymatic and electrocardiographic alterations as well as an angiographic study were analyzed in the postoperative period. RESULTS: Of the 17 patients, the mechanical device was used on 16 (94.1%). Six (37.5%) patients were operated on under cardiopulmonary bypass with a mean time of 102.9 ± 16.9 minutes. The postoperative evolution was satisfactory in all patients. No patient presented with enzymatic, myocardial infarction or other ischemic electrocardiographic alterations in the immediate postoperative period. Early postoperative angiography was performed in 9 (52.9%) patients. The anastomoses of the left internal thoracic artery to left anterior descending artery were patent in all cases. Of the 15 saphenous vein grafts studied, 11 (73.3%) were performed using MAD, 9 (81.8%) of which were patent. All the 4 conventionally sutured vein anastomoses were patent. No hospital deaths occurred. In the late follow-up, 88.2% of the patients were free of cardiac-related events. CONCLUSIONS: MAD for vein graft-to-aorta anastomosis proved to be feasible, but a wider analysis of the benefits of its utilization regarding operative time, aggression to the patient, patency of the grafts and final cost are necessary.