RESUMO Objetivo verificar a prevalência de estresse e os fatores associados à sua presença em discentes de um curso de Fonoaudiologia. Métodos participaram 105 discentes, maiores de 18 anos, de ambos os sexos, matriculados no curso de Fonoaudiologia de uma universidade federal. Foram excluídos os discentes que não estavam com a matrícula ativa durante o período da pesquisa. Todos responderam a um questionário sociodemográfico e ao Inventário de Sintomatologia de Stress de Lippi, que identifica os sintomas de estresse, bem como a sua respectiva fase e os sintomas predominantes. Os dados receberam tratamento estatístico, sendo estipulado o nível de significância de 5%. Resultados dentre os participantes, 77,1% apresentaram resultados sugestivos de estresse, sendo que, destes, 77,7% estavam na fase de “resistência”, 18,5% na fase de “quase exaustão”; 2,5% na fase de “alerta”; e 1,2% na fase de “exaustão”. Quanto à sintomatologia 64,2% apresentaram predominância de sintomas psicológicos, 18,5%, físicos e 17,3%, físicos e psicológicos. A análise estatística mostrou a presença significativamente superior de estresse entre as mulheres e entre os que não trabalhavam e a relação do estresse com o ano de estudo. Conclusão um elevado número de discentes de Fonoaudiologia foi identificado com estresse, sendo a fase de “resistência” a mais frequente, com prevalência de sintomas psicológicos. Os fatores associados ao estresse foram sexo, com maior prejuízo entre as mulheres, o fato de não exercerem atividade remunerada e o ano do curso em que estavam matriculados, sendo que no primeiro ano foi observada menor prevalência de estresse e no último ano, maior.
ABSTRACT Objective To verify the prevalence and factors associated with the presence of stress in students of a Speech, Language, and Hearing Sciences course. Methods 105 students participated, over 18 years old, of both sexes, enrolled in the Speech, Language and Hearing Sciences course at a Federal University. Students who were not active during participation in the research were excluded. All respond to a sociodemographic questionnaire and Lipp's Stress Symptoms Inventory, which identifies the symptoms of stress, as well as their s—pecific phase and the predominant symptoms. The data received statistical treatment being stipulated the significance level of 5%. Results 77.1% showed results suggestive of stress, of which 77.7% were in the “resistance” phase, 18.5% in the “almost exhaustion”; 2.5% in the “alarm”; and 1.2% in the “exhaustion”. As for the symptomatology, 64.2% had a predominance of psychological symptoms, 18.5% physical, and 17.3% physical and psychological. The statistical analysis showed a significantly higher presence of stress among women and among those who do not work, and a relationship between stress and the study year. Conclusion A high number of Speech, Language and Hearing Sciences students with stress, was identified, with the “resistance” phase as the most frequent and the prevalence of psychological symptoms. The factors associated with stress were gender, which presented greater damages among women, the fact that students do not engage in paid work, and the year of the course they were enrolled. The first year had the lowest prevalence of stress, while the last year had the highest result.