ABSTRACT In this study we discuss the concept of escrevivência [writing-living], created by Conceição Evaristo, as a possibility of pedagogical practice aligned with the prerogatives of Law No. 10.639/2003. We use Paulo Freire's notion of assunção de si, bell hooks's defense of education as a practice of freedom, and Evaristo's escrevivência concept to think about educational practices that consider the plural perspectives of historically marginalized subjects, based on their multiple experiences. Thus, we heard how high school students from a public school in the Federal District perceive the dynamics of racial relations in the school. From their experiences, the adolescents signaled changes in the activities and in the relational dynamics of the school when it comes to racial issues, thus promoting the power of escrevivência as a pedagogical practice that enables an anti-racist education.
RESUMEN En este estudio discutimos el concepto de escrevivência, acuñado por Conceição Evaristo, como una posibilidad de práctica pedagógica alineada con las prerrogativas de la Ley no. 10.639/2003. Partimos de la noción de assunção de si, de Paulo Freire, de la defensa de la educación como práctica de libertad, de bell hooks, y de la escrevivência de Evaristo para pensar en prácticas educativas que consideren de manera plural las perspectivas de sujetos históricamente marginados, a partir de sus experiencias múltiples. Así, escuchamos cómo los estudiantes de secundaria de una escuela pública del Distrito Federal perciben la dinámica de las relaciones raciales en el entorno escolar. A partir de sus vivencias, los adolescentes señalaron cambios en las actividades y en las dinámicas relacionales de la escuela en temas raciales, promoviendo así el poder de la escrevivência como práctica pedagógica que posibilita una educación antirracista.
RESUMO Neste estudo discutimos o conceito de escrevivência, cunhado por Conceição Evaristo, como possibilidade de prática pedagógica alinhada com as prerrogativas da Lei n.° 10.639/2003. Partimos da noção de assunção de si de Paulo Freire, da defesa de uma educação como prática da liberdade, de bell hooks e da escrevivência de Evaristo para pensarmos práticas educativas que considerem, de modo plural, as perspectivas de sujeitos historicamente marginalizados, com base em suas vivências múltiplas. Dessa forma, ouvimos como estudantes do Ensino Médio de uma escola pública do Distrito Federal percebem a dinâmica das relações raciais no ambiente escolar. Apoiados em suas vivências, os/as adolescentes sinalizaram modificações nas atividades e nas dinâmicas relacionais da escola quando se trata da temática racial, fomentando assim a potência da escrevivência como prática pedagógica que possibilita uma educação antirracista.