RESUMO: O milho roxo é um alimento importante para o povo peruano. Suas características nutricionais e antioxidantes únicas fazem com que seja amplamente exportado para outros países. No entanto, quando contaminado por fungos, pode desencadear inúmeros problemas de saúde nos consumidores. Este estudo teve como objetivo avaliar a presença de 27 micotoxinas em 63 amostras de milho roxo coletadas no Peru. A frequência de ocorrência e a concentração média das seguintes micotoxinas foram determinadas: alternariolmetileter (AME), alternariol (AOH), tentoxina, neosolaniol, nivalenol, wortmanina, desoxinivalenol, 3-acetil desoxinivalenol, 15-acetil desoxinivalenol, zearalenona, aflatoxina B1, aflatoxina B2 , aflatoxina G1, aflatoxina G2, fumonisina B1, fumonisina B2, fumonisina B3, ocratoxina A, ocratoxina, toxina T-2, toxina HT-2, fusarenona x, ácido ciclopiazonico, gliotoxina, agroclavina e citreoviridina. As principais micotoxinas encontradas no milho roxo foram AME e AOH, com frequência de ocorrência de 14,3% e 7,9% e concentração média de 23,3% e 1,8%, respectivamente. AME e AOH não possuem níveis de orientação na legislação brasileira. Contrastantemente, os níveis de micotoxinas que estão dentro dos padrões das regulamentações do país estavam abaixo do limite de quantificação. Os presentes resultados sugerem que o milho roxo é uma matéria-prima com grande potencial para a produção e industrialização de produtos especiais.
ABSTRACT: Purple maize is an important foodstuff for the Peruvian people. Its unique nutritional and antioxidant characteristics makes it widely exported to other countries. However, when contaminated by fungi, it can trigger numerous health problems in the consumers. This study aimed to evaluate the presence of 27 mycotoxins in 63 samples of purple maize collected in Peru. Frequency of occurrence and mean concentration of the following mycotoxins were determined: alternariolmetileter (AME), alternariol (AOH), tentoxin, neosolaniol, nivalenol, wortmannin, deoxynivalenol, 3-acetyl deoxynivalenol, 15-acetyl deoxynivalenol, zearalenone, aflatoxin B1, aflatoxin B2, aflatoxin G1, aflatoxin G2, fumonisin B1, fumonisin B2, fumonisin B3, ochratoxin A, ochratoxin α, T-2 toxin, HT-2 toxin, fusarenon x, cyclopiazonic acid, gliotoxin, agroclavin and citreoviridin. The main mycotoxins reported in purple maize were AME and AOH, with a frequency of occurrence of 14.3 and 7.9%, and mean concentration of 23.3% and 1.8%, respectively. AME and AOH do not have guidance levels in the Brazilian legislation. Contrastingly, levels of mycotoxins which are within the standards of the country’s regulations were below the limit of quantification. The present results suggested that purple maize is a raw material with a great potential for the production and industrialization of special products.