Resumo Os ruídos de impacto nas edificações multipavimentos são reduzidos com a execução de piso flutuante, caracterizado pela inclusão de um material resiliente entre o contrapiso e a laje. Nesse estudo, buscou-se avaliar a influência da compressão desse material no desempenho acústico do sistema. Dois materiais resilientes foram comparados, um produzido em laboratório (placas cimentícias com resíduos EVA -PEVA1,8), e outro comercial (manta recicladas de resíduos PET - MantaPET). As medições visando relacionar a rigidez dinâmica dos materiais e o desempenho acústico ocorreram em três anos. Adicionalmente, foram feitas estimativas de comportamento para dez anos, baseando-se em modelos teóricos e teste de fluência à compressão. Enquanto a PEVA1,8 apresentou redução em sua rigidez dinâmica (20,0MN/m³ para 17,7 MN/m³) ao longo do tempo, a MantaPET teve aumento nesse parâmetro (2,0 MN/m³ para 3,5 MN/m³), porém ambas mantiveram o desempenho intermediário (conforme NBR 15575-3:2013) ao ruído de impacto, com L’nT,w igual a 60 dB e 56 dB em um piso de testes respectivamente. As estimativas para dez anos indicaram deformação menor para PEVA1,8 (3,42%)comparativamente à MantaPET (20,15%) e confirmaram a tendência de variação distinta na rigidez dinâmica, sem comprometimento do desempenho acústico desses materiais.
Abstract Impact noise in multi-floor buildings is reduced with the execution of a floating floor, which has a resilient material between the subfloor and the slab. In this study, the evaluation of the influence of compression of this material on the acoustic performance of the system was sought. Two resilient materials were compared, one being produced in the laboratory (cementitious plates with EVA - PEVA1,8 waste), and the other commercially (blanket recycled from PET waste - MantaPET). The measurements aiming to relate the dynamic stiffness of the materials and the acoustic performance were up to three years. Additionally, estimates were made for ten years, based on theoretical models and creep compression tests. While PEVA1,8 decreased its dynamic stiffness (20.0 MN/m³ to 17.7 MN/m³) over time, MantaPET increased (2.0 MN/m³ to 3.5 MN/m³), but both maintained intermediate performance (according to NBR 15575-3:2013) to impact noise, presenting L’ nT,w equal to 60 dB and 56 dB in a test floor, respectively. Estimates for ten years indicated less deformation for PEVA1,8 (3.42%), compared to MantaPET (20.15%) and confirmed the trend of changes in the dynamic stiffness, without compromising the acoustic performance of these materials.