RESUMO: Deficiência intelectual (DI) é definida como limitações na capacidade de aprendizagem, no comportamento adaptativo e no conjunto de habilidades conceituais, sociais e práticas. A avaliação desse comportamento visa delimitar o perfil e as necessidades de apoio que a pessoa com DI precisa para desenvolver atividades. O objetivo deste artigo foi identificar as estratégias de avaliação e de intervenção realizadas nas escolas regulares e especializadas de Minas Gerais, para desenvolvimento de competências e de autonomia em alunos com DI. A coleta de dados foi quantitativa e qualitativa, por questionário online. A parte quantitativa baseou-se na adaptação do Progress Assesment Chart e possibilitou investigar se professoras têm avaliado habilidades relacionadas às áreas do desenvolvimento: comunicação, cuidados pessoais, socialização e ocupação. A parte qualitativa compôs-se por questões abertas sobre avaliação, intervenção e envolvimento da família. Os resultados mostraram que escolas têm desenvolvido práticas inclusivas previstas nas políticas públicas. A avaliação do comportamento adaptativo tem ocorrido nas escolas, embora nem sempre de forma sistemática. Identificou-se, por um lado, que ainda há necessidade de repensar práticas pedagógicas que, muitas vezes, estão pautadas na compreensão do modelo individual da deficiência. Por outro lado, observou-se o surgimento da compreensão da pessoa com DI como sujeito de direitos e de possibilidades. Limites da pesquisa e desdobramentos práticos foram indicados.
ABSTRACT: Intellectual disability (ID) is defined as limitations in learning ability, adaptive behavior and conceptual, social and practical skill sets. Assessment of this behavior aims to define the profile and support needs that the person with ID needs to develop activities. Te objective was to identify evaluation and intervention strategies carried out in regular and specialized schools in Minas Gerais, Brazil, for the development of competences and autonomy in students with ID. Data collection was quantitative and qualitative, using an online questionnaire. Te quantitative part was based on the adaptation of the Progress Assesment Chart and made it possible to investigate whether teachers have assessed skills related to the areas of development: communication, personal care, socialization and occupation. Te qualitative part consisted of open questions about assessment, intervention and family involvement. Te results showed that schools have developed inclusive practices foreseen in public policies. Assessment of adaptive behavior has taken place in schools, although not always in a systematic way. On the one hand, it was identified that there is still a need to rethink pedagogical practices, which are often guided by the understanding of the individual model of disability. On the other hand, there is the emergence of the understanding of the person with ID as a subject of rights and possibilities. Research limits and practical developments were indicated.