RESUMO Introdução: Os efeitos osteogênicos gerados pelas diferentes modalidades esportivas são alvo de um crescente número de investigações. A prática regular de atividades físicas é uma das principais recomendações para a estimulação da densidade mineral óssea (DMO). Entretanto, as evidências têm demonstrado que nem todas as atividades físicas promovem efeitos semelhantes. Nesse contexto, os efeitos osteogênicos da natação precisam ser esclarecidos. Objetivo: Verificar e comparar os níveis de DMO, total e regional, entre atletas de natação de ambos os sexos e universitários não atletas. Métodos: A amostra, composta por 60 participantes de ambos os sexos, foi dividida em dois grupos: 30 atletas de natação (GA): 15 homens (22,2±3,92 anos; 73,61±16,55 Kg; 1,76±0,08 m) e 15 mulheres (21,91±2,21 anos; 53,15±8,36 Kg; 1,64±0,06 m) e um grupo controle (GC): 30 universitários não atletas: 15 homens (20,73±1,27anos; 74,4±5,54 Kg; 1,74±0,04 m) e 15 mulheres (19,93±2,05 anos; 59,72±1,33 Kg; 1,63±0,004 m). As DMO (total, dos braços, pernas, pelve e coluna) foram medidas com utilização da absorciometria radiológica de dupla energia (DXA). Os resultados foram comparados com auxílio da ANOVA One-Way utilizando, quando necessário, o teste post hoc de Scheffé. Resultados: Quando comparados com as mulheres, os homens dos dois grupos apresentaram resultados superiores para todas as DMO analisadas. Além disso, o GA apresentou maiores DMO de braços e de coluna quando comparado ao GC, tanto para homens (p=0,016 e p=0,001, respectivamente) quanto para mulheres (p=0,0001 e p=0,011, respectivamente). Conclusão: Os resultados do presente estudo demonstram que os jovens adultos do sexo masculino, atletas e não atletas, apresentam maiores níveis de DMO que seus pares do sexo oposto. Além disso, os resultados sugerem que, quando praticado com objetivo competitivo e com volume de treinamento semanal igual ou superior a 12 horas, a natação pode ser benéfica para o desenvolvimento ósseo de jovens atletas, quando comparado com o grupo controle não atletas. Nível de evidência III; Estudo retrospectivo comparativo.
ABSTRACT Introduction: The osteogenic effects generated by different sports are the subject of a growing number of research projects. Regular physical activity is one of the main recommendations for the stimulation of bone mineral density (BMD). However, evidence has shown that not all physical activities promote similar effects. In this context, the osteogenic effects of swimming need to be clarified. Objective: To verify and compare total and regional BMD levels between male and female swimming athletes and university non-athletes. Methods: The sample, composed of 60 participants of both sexes, was divided into two groups: 30 swimming athletes (GA): 15 men (22.2 ± 3.92 years; 73.61 ± 16.55 kg; 1.76 ± 0.08 m) and 15 women (21.91 ± 2.21 years; 53.15 ± 8.36 kg; 1.64 ± 0.06 m) and a control group (CG): 30 university non-athletes: 15 men (20.73 ± 1.27 years; 74.4 ± 5.54 kg, 1.74 ± 0.04 m) and 15 women (19.93 ± 2.05 years; 59.72 ± 1.33 kg; 1.63 ± 0.004 m). BMD (total, arms, legs, pelvis and spine) was measured using dual energy X-ray absorptiometry (DXA). The results were compared with one-way ANOVA using Scheffé's post hoc test, when necessary. Results: When compared with the women, the men of both groups presented superior results for all BMD values analyzed. In addition, GA had higher BMD of arms and spine when compared to the CG, both for males (p = 0.016 and p = 0.001, respectively) and females (p = 0.0001 and p = 0.011, respectively). Conclusions: The results of this study demonstrate that young male adults, athletes and non-athletes, present higher levels of BMD than their peers of the opposite sex. In addition, the results suggest that when undertaken for competitive purposes and with a weekly training volume of 12 hours or more, swimming may be beneficial for the bone development of young athletes when compared to non-athlete controls. Level of evidence III; Retrospective comparative study.
RESUMEN Introducción: Los efectos osteogénicos generados por las diferentes modalidades deportivas son objeto de un creciente número de investigaciones. La práctica regular de actividades físicas es una de las principales recomendaciones para la estimulación de la densidad mineral ósea (DMO). Entretanto, las evidencias han demostrado que no todas las actividades físicas promueven efectos semejantes. En ese contexto, los efectos osteogénicos de la natación precisan ser esclarecidos. Objetivo: Verificar y comparar los niveles de DMO, total y regional, entre atletas de natación de ambos sexos y universitarios no atletas. Métodos: La muestra, compuesta por 60 participantes de ambos sexos, fue dividida en dos grupos: 30 atletas de natación (GA): 15 hombres (22,2±3,92 años; 73,61±16,55 Kg; 1,76±0,08 m) y 15 mujeres (21,91±2,21 años; 53,15±8,36 Kg; 1,64±0,06 m) y un grupo control (GC): 30 universitarios no atletas: 15 hombres (20,73±1,27 años; 74,4±5,54 Kg; 1,74±0,04 m) y 15 mujeres (19,93±2,05 años; 59,72±1,33 Kg; 1,63±0,004 m). Las DMO (total, de los brazos, piernas, pelvis y columna) fueron medidas con el uso de la absorciometría radiológica de doble energía (DXA). Los resultados fueron comparados con auxilio de ANOVA One-Way utilizando, cuando fuera necesario, el test post hoc de Scheffé. Resultados: Cuando comparados con las mujeres, los hombres de los dos grupos presentaron resultados superiores para todas las DMO analizadas. Además, el GA presentó mayores DMO de brazos y de columna cuando comparado al GC, tanto para hombres (p=0,016 e p=0,001, respectivamente) como para mujeres (p=0,0001 y p=0,011, respectivamente). Conclusión: Los resultados del presente estudio demuestran que los jóvenes adultos del sexo masculino, atletas y no atletas, presentan mayores niveles de DMO que sus pares del sexo opuesto. Además, los resultados sugieren que, cuando practicado con objetivo competitivo y con volumen de entrenamiento semanal igual o superior a 12 horas, la natación puede ser benéfica para el desarrollo óseo de jóvenes atletas, cuando comparado con el grupo control no atletas. Nivel de evidencia III; Estudio retrospectivo comparativo.