RESUMO Esta pesquisa é de inspiração etnográfica, qualitativa, baseada nos princípios da pesquisa-intervenção e trabalhou com narrativas de vida de três mulheres que vivem da e ou na rua, com o objetivo conhecer seus modos de vida, táticas de sobrevivência e as práticas de resistência frente às diárias violações de direitos. Discute-se como cada uma das narrativas revelam as diversas formas de violação e exclusão, mas também as formas de resistência, operadas em reinvenções do cotidiano, da cidade, da vida. As formas de resistência, além de nos dizerem de outros modos de vida possíveis frente às dificuldades e violências cotidianas, através da arte, do trabalho, da solidariedade e da militância, nos fazem ver a maquinaria do poder operando na vida social em suas perversões na produção de vidas descartáveis.
ABSTRACT This is an ethnographic and qualitative research based on the principles of intervention research and has worked with life narratives of three homeless women, with the objective of knowing their ways of life, survival tactics and practices of resistance to daily violations of rights. It is discussed how each narrative reveals the different forms of violation and exclusion, but also the forms of resistance, operated in reinventions of the city and everyday life. The forms of resistance, besides telling us other possible ways of life in the face of everyday difficulties and violence, through art, work, solidarity and militancy, make us see the mechanism of power operating in social life in its perverse production of disposable lives.
RESUMEN Esta investigación es etnográfica, cualitativa, basada en los principios de la investigación-intervención y he trabajado con narrativas de vida de tres mujeres que viven en o de la calle, con el fin de conocer sus modos de vida, las tácticas de supervivencia y prácticas de resistencia frente a las diarias violaciones de derechos. Se discute no solo cómo cada uno de los relatos revela las diversas formas de violación y exclusión, sino también las formas de resistencia, operadas en reinvenciones de todos los días, de la ciudad, de la vida. Las formas de resistencia, además, nos cuentan sobre otras maneras posibles de vivir frente a las dificultades y la violencia diaria a través del arte, del trabajo, de la solidaridad y de la militancia, y nos hacen ver la maquinaria de poder trabajar en la vida social en sus perversiones en la producción de vidas desechables.