Resumo Diversos estudos foram realizados no Brasil sobre enraizamento de cultivares-copa de ameixeira; entretanto, não são conhecidos o desempenho e os benefícios de mudas autoenraizadas a campo. O presente trabalho teve por objetivo avaliar os teores de nutrientes foliares (N, P, K, Ca, Mg, Fe, Mn, Zn, Cu e B) em sete cultivares de ameixeiras-japonesas (Prunus salicina) no 2° e 3° anos após o plantio no campo, cujas mudas foram produzidas por enxertia em “T-invertido” sobre o pessegueiro ‘Capdeboscq’ (P. persica) ou por autoenraizamento de estacas lenhosas. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, fatorial 7 x 2 (cultivares x tipos de muda), com cinco repetições de uma planta por parcela. Com os resultados obtidos, foi possível concluir que os teores de nutrientes foliares de ameixeiras-japonesas variam entre as cultivares, porém não há uma cultivar que se destaque em todos os macro e micronutrientes avaliados. Os teores foliares de K, Ca e de Mn, quando influenciados pelos tipos de mudas testadas, foram sempre maiores nas plantas autoenraizadas. Contudo, os teores foliares de Mg, quando influenciados pelos tipos de mudas testadas, foram sempre maiores nas plantas enxertadas em ‘Capdeboscq’. Plantas autoenraizadas das cultivares Amarelinha, Blood Plum, Pluma-7 e Reubennel apresentam maiores teores foliares de Mn, em relação às plantas enxertadas dessas cultivares sobre ‘Capdeboscq’. Plantas autoenraizadas da cv. Cerejinha apresentam maiores teores foliares de K, em relação às plantas enxertadas desta cultivar sobre ‘Capdeboscq’ e, inclusive, elevam a classe de interpretação agronômica.
Abstract Several studies have been conducted in Brazil with rooting of plum scion cultivars, however, it is not known the performance and benefits of own-rooted trees at field. This study aimed to evaluate the leaf nutrient content (N, P, K, Ca, Mg, Fe, Mn, Zn, Cu and B) in seven Japanese plum cultivars (Prunus salicina) on the 2nd and 3rd year after field planting, whose nursery trees were produced by “T-inverted” budding method over ‘Capdeboscq’ peach (P. persica) or by own-rooted hardwood cuttings. The experimental design was in randomized blocks, factorial 7 x 2 (cultivars x nursery tree types), with five replicates of one tree per plot. We conclude that leaf nutrient content of Japanese plums varies among cultivars; however there is no cultivar that stands out in all macro and micronutrients evaluated. K, Ca and Mn leaf contents, when affected by nursery tree types tested, were always higher in own-rooted trees. However, Mg leaf contents, when affected by nursery tree types tested, were always higher in budded trees on ‘Capdeboscq’ peach. Own-rooted plum trees of ‘Amarelinha’, ‘Blood Plum’, ‘Pluma-7’ and ‘Reubennel’ presented higher Mn leaf contents, in relation to budded trees of these cultivars on ‘Capdeboscq’. Own-rooted ‘Cerejinha’ plum trees have highest K leaf content and also increase the agronomic interpretation class in relation to the budded trees of this cultivar on ‘Capdeboscq’.