O efeito de diferentes temperaturas no solo e de diversas palhas sobre o solo na viabilidade dos escleródios de Sclerotinia sclerotiorum foi estudado em estufa. Em três ensaios de campo, estudou-se a solarização do solo associada à presença de palha de milho (Zea mays) sobre o solo na viabilidade de escleródios, durante três meses. Ensaios de campo foram realizados em Piracicaba e em Brasília. Escleródios foram produzidos em meio cenoura+fubá, e incorporados ao solo (ensaios em estufa), ou acondicionados em invólucros, e enterrados no solo a 5, 10 e 30 cm (ensaios no campo). Os tratamentos de solo no campo foram: solarizado (S), não solarizado (NS) e solarizado com adição de palha de milho (PS). Foram feitas avaliações a cada 30 dias, em meio NEON, observando a viabilidade e a presença de contaminantes nos escleródios. O aquecimento do solo em estufa a 50 e 60 ºC com diversas palhas inativou os escleródios, que tiveram maior incidência de contaminantes. No campo, o efeito da solarização do solo foi significativo, inviabilizando os escleródios enterrados a diferentes profundidades: em S após 90 dias, nas três profundidades, e em PS, após 60 dias, a 5 e 10 cm de profundidade. A incidência de escleródios contaminados em solos solarizados foi maior em S, seguido de PS. A maior variabilidade de contaminantes, porém, foi observada em PS. As temperaturas do solo em PS foram maiores quando comparadas aos outros tratamentos na mesma profundidade. Este fator proporcionou a redução do tempo da inativação dos escleródios de 90 dias em S, para 60 dias em PS.
The effects of temperatures and crop mulch on topsoil in the inactivation of the sclerotia of Sclerotinia sclerotiorum were studied by oven heating in three field experiments during three months. Field experiments were performed in Piracicaba and in Brasília. Sclerotia were produced in a carrot+cornmeal medium, incorporated into the soil (oven-heating), conditioned in nylon bags, and buried in the soil at 5, 10 and 30 cm (field). The soil treatments in the field were: solarization (S), non-solarization (NS), and solarized soil added to crop mulch (PS). Sclerotia samples were collected every 30 days to observe the viability and presence of contaminants in NEON medium. The oven heating of the soil at 50 and 60º C and the use of diverse crop mulch inactivated the sclerotia, which had a higher incidence of contaminants. In the field, the effect of soil solarization was significant. The sclerotia were killed in S after 90 days at three depths in the first experiment and in PS after 60 days at 5 and 10 cm in the other two experiments. The incidence of contaminants in sclerotia in solarized soils was significantly higher in S, followed by PS; however, a greater variability of contaminants was observed in PS. Temperatures of the soil in PS were higher when compared to the other treatments at the same depth. This factor reduced the inactivating time of the sclerotia from 90 days in S, to 60 days in PS.