INTRODUÇÃO: O sono é um estado natural e recorrente, no qual acontecem processos neurobiológicos importantes. A má qualidade do sono está diretamente associada com piores indicadores de saúde. A qualidade do sono pode ser medida objetiva e subjetivamente por métodos como a polissonografia, que é o padrão de referência, ou por meio de testes e questionários, como o índice de qualidade de sono de Pittsburgh (IQSP).OBJETIVO: Correlacionar a qualidade do sono com a tolerância ao esforço em pacientes portadores da síndrome da apneia/hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS).MÉTODOS: Participaram do estudo 63 indivíduos (57 mulheres e seis homens), média de idade de 51,7 ± 6,6 anos; índice de massa corpórea (IMC) média de 28,2 ± 5,0 kg/m2); índice de apneia/hipopneia (IAH) médio de 7,3 ± 10,50 eventos/hora, verificado através da polissonografia. Para a avaliação da qualidade do sono, os participantes responderam ao IQSP, e para a avaliação da tolerância ao esforço, realizaram o teste de caminhada de 6 minutos (TC6M).RESULTADOS: Não houve correlação entre o IQSP e o TC6M (Rs= -0,103620, p = 0,419), assim como entre o IAH e o TC6M (Rs= -0, 000984, p = 0,9939). Podemos sugerir que a qualidade do sono e a gravidade da SAHOS não afetam a tolerância ao esforço dos indivíduos com SAHOS.CONCLUSÃO: Estudos com uma amostra maior, levando-se em consideração a estratificação pela gravidade da SAHOS e utilizando métodos mais acurados de avaliação da capacidade funcional, devem ser realizados, a fim de que resultados mais abrangentes possam ser obtidos.
INTRODUCTION: Sleep is a natural and recurring state, in which important neurobiological processes take place. Poor quality of sleep is directly associated with worse health indicators. Sleep quality can be measured objectively and subjectively by methods such as polysomnography, which is the gold standard, or tests and questionnaires as the Sleep Quality Index in Pittsburgh (PSQI).OBJECTIVE: To correlate the quality of sleep with exercise tolerance in patients with obstructive sleep apnea-hypopnea syndrome (OSAHS).METHODS: The study included 63 subjects (57 women and 6 men) aged 51.7 ± 6.6 years, with body mass index (BMI) 28.2 ± 5.0 kg/m2,apnea/hypopnea index (AHI) 7.3±10:50 events/hour, assessed by polysomnography. To assess the quality of sleep, participants responded the PSQI instrument and were submitted to the exercise tolerance test through the 6-minute walk test (6MWT).RESULTS: There was no correlation between the PSQI and the 6MWT (Rs = -0.103620, p = 0.419), and between the 6MWT and the AHI (R = -0, 000984, p = 0.9939). According to the results of this work, we suggest that the quality of sleep and the severity of OSAHS did not affect the exercise tolerance of individuals with OSAHS.CONCLUSION: Studies with a larger sample, taking into account the stratification by severity of OSAHS and using more accurate methods of functional capacity evaluation should be conducted, so that more comprehensive results can be obtained.
INTRODUCCIÓN: El sueño es un estado natural y recurrente durante el cual acontecen procesos neurobiológicos importantes. La mala calidad del sueño está asociada directamente con peores indicadores de salud. La calidad del sueño puede ser medida objetiva y subjetivamente mediante métodos como la polisomnografía,, que es el estándar de referencia, o pruebas y cuestionarios como el índice de calidad de sueño de Pittsburgh (ICSP),OBJETIVO: Correlacionar la calidad del sueño con la tolerancia al esfuerzo en pacientes portadores del síndrome de la apnea/hipopnea obstructiva del sueño (SAHOS).MÉTODOS: Participaron en el estudio 63 individuos (57 mujeres y seis hombres), edad promedio de 51,7 ± 6,6 años; índice de masa corpórea (IMC) 28,2 ± 5,0 kg/m2); índice de apnea/hipopnea (IAH) 7,3 ± 10,50 eventos/hora, verificado por medio de la polisomnografía. Para la evaluación de la calidad del sueño, los participantes respondieron al ICSP y para la evaluación de la tolerancia al esfuerzo, realizaron la prueba de caminata de 6 minutos (PC6M).RESULTADOS: No hubo correlación entre el ICSP y la PC6M (Rs= -0,103620, p = 0,419), ni entre el IAH y la PC6M (Rs= -0, 000984, p = 0,9939). Podemos sugerir que la calidad del sueño y la gravedad del SAHOS no afectan a la tolerancia al esfuerzo de los individuos con SAHOS.CONCLUSIÓN: Se deben realizar los estudios con una muestra mayor, teniéndose en consideración la estratificación según la gravedad del SAHOS y utilizándose métodos más precisos para evaluación de la capacidad funcional, a fin de que se puedan obtener resultados de más alcance.