RESUMO OBJETIVO: Avaliar os resultados do reparo das luxações acromioclaviculares (LAC) graus III e V, com âncoras sem eyelet, e comparar com outras técnicas, bem como fatores que possam interferir no resultado final. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de 35 pacientes com LAC grau III e V, pela classificação de Rockwood, 12 tratados com âncoras sem eyelet, 11 com um Tightrope, seis com dois Tightropes e seis com amarrilho subcoracoide, operados de setembro de 2012 a fevereiro de 2015. Os pacientes foram avaliados radiograficamente e pelos escores de DASH, UCLA, pela escala visual analógica de dor (EVA) e pelo Short-Form 36 (SF36). O tempo cirúrgico e a possível interferência de alguns fatores no resultado final também foram avaliados. RESULTADOS: A média dos escores foi de 6,7 no DASH; 32,9 no UCLA; 1,2 na EVA e 79,47 no SF-36. Radiograficamente, a medida final média entre o coracoide e a clavícula foi de 9,93 mm, sem diferença estatística entre os grupos. Quanto ao tempo cirúrgico, a média do grupo I foi de 31 minutos; do grupo II, 19 minutos; do grupo III, 29 minutos e do grupo IV, 59 minutos, houve diferença significativa entre os grupos II e IV, quando comparados com o grupo em estudo. A medida inicial da LAC e a medida pós-operatória imediata (POI) tiveram correlação com a medida final. CONCLUSÃO: O reparo da LAC aguda com âncoras sem eyelet é tão eficaz quanto outros métodos e com tempo cirúrgico significativamente menor quando comparado com a técnica de amarrilho subcoracoide. O resultado radiológico final é influenciado pela distância coracoclavicular inicial e do POI.
ABSTRACT OBJECTIVE: To assess the repair results of acromioclavicular dislocations (ACJD) grades III and V, with anchors without eyelet, when compared with other techniques, and to evaluate factors that can affect the final result. METHODS: A retrospective study of 36 patients with ACJD grades III and V in the Rockwood classification, 12 treated with anchors without eyelet, 11 with one tightrope, six with two tightropes, and six with subcoracoid cerclage, operated from September 2012 to February 2015. Patients were assessed radiographically and through DASH, UCLA, the visual analog scale of pain (VAS) and the Short-Form 36 (SF-36). Surgical time and the possible influence of some factors in the outcome were also assessed. RESULTS: The mean DASH score was 6.7; UCLA, 32.9; VAS, 1.2; and SF-36, 79.47. Radiographically, the final mean measurement was 9.93 mm, with no statistical difference between the groups. The mean surgical time for Group I was 31 min; Group II, 19 min; Group III, 29 min; and Group IV, 59 min. There was a significant difference between Groups II and IV when compared with the study group. The initial and immediate post-operative ACJD measurements ACJD were correlated with the final measure. CONCLUSION: The repair of acute ACJD with anchors without eyelet is as effective as the other methods, with significantly shorter operative time when compared with the subcoracoid cerclage technique. The final radiological result is influenced by the coracoclavicular initial distance and the immediate postoperative measurement.