Resumo Objetivo: Avaliar os fatores relacionados à ansiedade e ao efeito do treinamento baseado em simulação (TBS) na ansiedade, autoconfiança e satisfação do estudante em relação ao aprendizado do exame pélvico e de mamas. Métodos: Estudo longitudinal com alunos do quarto ano de medicina da Universidade José do Rosário Vellano, utilizando questionário autorrespondido com 12 itens em escala tipo Likert sobre a ansiedade em relação ao exame ginecológico, pré e pós-TBS. Após o treinamento, avaliou-se também o grau de autoconfiança e satisfação com o processo de aprendizado. Resultados: Foram incluídos 80 alunos com média etária de 24,1 ± 4,2 anos, dos quais 62,5% eram mulheres. Na avaliação pré-treinamento, a ansiedade dos alunos em relação ao exame pélvico foi maior do que a ansiedade em relação ao exame das mamas (2,4 ± 1,0 versus 1,7 ± 0,8, respectivamente; p < 0,001). O principal motivo de ansiedade em relação tanto ao exame pélvico quanto ao de mamas foi o receio de machucar a paciente. O TBS reduziu significativamente a ansiedade dos alunos (2,0 ± 0,8 versus 1,5 ± 0,5, respectivamente; p < 0,001). A satisfação e autoconfiança dos estudantes foram elevadas (6,8 ± 0,3 e 6,0 ± 0,9, respectivamente), sem diferença entre gêneros. Conclusão: O uso de TBS no ensino de exame pélvico e mamário resultou em uma diminuição na ansiedade e elevada autoconfiança em um grupo de estudantes de medicina, de ambos os gêneros, e bons níveis de satisfação em relação ao treinamento.
Abstract Objective: To evaluate factors associated with anxiety and the effect of simulation-based training (SBT) on student anxiety, self-confidence and learning satisfaction in relation to pelvic and breast examination. Methods: A longitudinal study was conducted with 4th year medical students at the Universidade José do Rosário Vellano. A 12-item, self-report questionnaire on student anxiety at performing gynecological examinations was applied before and after SBT, with answers being given on a Likert-type scale. After training, the self-confidence levels and satisfaction of the students related to the learning process were also evaluated. Results: Eighty students with a mean age of 24.1 ± 4.2 years were included in the study. Of these, 62.5% were women. Pre-SBT evaluation showed that students were more anxious at performing a pelvic examination than a breast examination (2.4 ± 1.0 versus 1.7 ± 0.8, respectively; p < 0.001). The primary reason for anxiety regarding both pelvic and breast examination was fear of hurting the patient. SBT significantly reduced student anxiety (2.0 ± 0.8 versus 1.5 ± 0.5, respectively; p < 0.001). The satisfaction and self-confidence of the students were found to be high (6.8 ± 0.3 and 6.0 ± 0.9, respectively), with no difference between genders. Conclusion: The use of SBT in teaching students to perform pelvic and breast examinations resulted in reduced anxiety and increased self-confidence in a group of medical students of both genders, with high levels of satisfaction in relation to the training.