RESUMO Objetivo: identificar o gap para prevenção de infecção do trato urinário associada ao uso do cateter vesical. Método: estudo observacional conduzido por auditoria de indicadores de processo em relação às recomendações para prevenção da infecção do trato urinário associada ao uso de cateter vesical durante sua manutenção e manipulação. A coleta foi realizada entre julho e setembro de 2017, em uma unidade terapia intensiva adulto, localizada no Estado de Minas Gerais, Brasil. As observações foram realizadas com auxílio de um instrumento desenvolvido para o presente estudo e os dados foram analisados por meio de estatística descritiva. Resultados: foram realizadas 451 avaliações relacionadas à manutenção do cateter vesical com foco em sua fixação, manutenção da bolsa coletora e volume e fluxo urinário do sistema de drenagem. Como lacunas da prática clínica, foram verificadas fixação inadequada do cateter vesical e bolsa coletora de drenagem com mais de três quartos de sua capacidade preenchida (97,7% e 3,5%, respectivamente). No tocante à manipulação, de 556 cateteres vesicais, houve inconformidade na higiene do meato uretral em 22,9% das situações, e a não adesão à higienização das mãos antes e após o manuseio do cateter vesical foi de 94,2% e 66,5%, respectivamente (p=0,002). Conclusão: medidas isoladas apresentaram boas taxas de adesão, mas a prevenção da infecção do trato urinário associada ao uso do cateter vesical deve se basear na adesão a várias medidas de forma simultânea. O gap para prevenção está na conscientização dos profissionais de saúde de que as medidas reconhecidas para prevenção da infecção do trato urinário associada ao uso do cateter vesical devem ser adotadas de forma coletiva, visando garantir a segurança do paciente e da prática clínica.
ABSTRACT Objective: to identify the gap in the prevention of catheter-associated urinary tract infection. Method: an observational study conducted by an audit of process indicators in relation to the recommendations for preventing catheter-associated urinary tract infection during its maintenance and handling. The collection was carried out between July and September of 2017 in an adult intensive care unit located in the State of Minas Gerais, Brazil. The observations were made with the help of a developed instrument for the present study and the data were analyzed by means of descriptive statistics. Results: 451 evaluations were performed related to maintenance of the urinary catheter with a focus on its fixation, the collector bag maintenance, and volume and urinary flow of the drainage system. Regarding clinical practice gaps, inadequate fixation of the urinary catheter and drainage pocket were found, with more than three-quarters of its capacity filled (97.7% and 3.5%, respectively). Regarding the handling of 556 urinary catheters, there was non-conformity in the hygiene of the urethral meatus in 22.9% of the situations, and non-adherence to hands hygiene before and after handling the urinary catheter was 94.2% and 66.5%, respectively (p=0.002). Conclusion: isolated measures had good adherence rates, but prevention of catheter-associated urinary tract infection should be based on adherence to several measures simultaneously. The prevention gap is in the awareness of health professionals that the recognized prevention measures of catheter - associated urinary tract infection should be adopted collectively in order to guarantee patient and clinical practice safety.
RESUMEN Objetivo: identificar el gap para prevención de infección del tracto urinario asociado al uso del catéter vesical. Métodos: estudio observacional conducido por auditoría de indicadores de proceso en relación a las recomendaciones para prevención de la infección del tracto urinario asociada al uso de catéter vesical durante su mantenimiento y manipulación. La recolección se realizó entre julio y septiembre de 2017, en una unidad de cuidados intensivos adultos, en el Estado de Minas Gerais, Brasil. Las observaciones fueron realizadas con ayuda de un instrumento desarrollado para el presente estudio y los datos fueron analizados por medio de estadística descriptiva. Resultados: se realizaron 451 evaluaciones relacionadas con el mantenimiento del catéter vesical con foco en su fijación, mantenimiento de la bolsa colectora, y volumen y flujo urinario del sistema de drenaje. Como lagunas de la práctica clínica, se verificó la fijación inadecuada del catéter vesical y bolsa colectora de drenaje con más de tres cuartos de su capacidad llenada (97,7% y 3,5%, respectivamente). En cuanto a la manipulación, de 556 cateteres vesicales, hubo inconformidad en la higiene del meato uretral en el 22,9% de las situaciones, y la no adhesión a la higienización de las manos antes y después del manejo del catéter vesical fue del 94,2% y 66,5%, respectivamente (p=0,002). Conclusión: medidas aisladas presentaron buenas tasas de adhesión, pero la prevención de la infección del tracto urinario asociada al uso del catéter vesical debe basarse en la adhesión a varias medidas de forma simultánea. El gap para prevención está en la concientización de los profesionales de salud de que las medidas reconocidas para prevenir la infección del tracto urinario asociada al uso del catéter vesical deben ser adoptadas de forma colectiva, para garantizar la seguridad del paciente y de la práctica clínica.