Resumo Introdução As travestis se deparam com diversas situações de injustiça sustentadas por um sistema heteronormado que viola suas vidas, sua corporeidade e silencia suas identidades. Nesse sentido, o apartheid ocupacional opera por meio da formação de uma estrutura que limita suas possibilidades ocupacionais, mas, ao mesmo tempo, as travestis poderiam resistir a esse exercício de poder por meio de diferentes mecanismos, como as performances. Objetivo Explorar e analisar a expressão artística e política da performance, realizada por dissidentes sexuais, como estratégia política de resistência ao apartheid ocupacional. Método este estudo exploratório corresponde a um desenho de estudo de caso, baseado na análise documental audiovisual. Foi analisada uma peça audiovisual intitulada “Yo me maquillo” [Eu me maquio], interpretada por dois artistas chilenos e ativistas dissidentes sexuais na cidade de Valparaíso (Chile). Para a análise, é realizada uma codificação aberta dos elementos significativos e uma codificação axial posterior. Resultados Evidencia-se como a performance opera como estratégia política de resistência ao apartheid ocupacional que as travestis vivenciam em seu cotidiano, por meio da denúncia, visibilidade, ação, agitação e desafio das matrizes hegemônicas, permitindo dar conta das desigualdades e violências estruturais que cruzam suas vidas. Conclusões São discutidas as contribuições do estudo para a terapia ocupacional e a ciência ocupacional. A performance é destacada como uma ocupação coletiva e política que se desenvolve desde a resistência e subversão ao apartheid ocupacional vivido pelas travestis.
Abstract Introduction Transvestite people face different situations of injustice sustained by a heteronormative system that violates their lives, bodies, and silences their identities. In this sense, Occupational Apartheid operates through the formation of a structure that limits their occupational possibilities, but, at the same time, transvestite people resist this exercise of power through different mechanisms such as performances. Objective To explore and analyze the artistic and political expression of performance, developed by sexual dissidents, as a political strategy of resistance to Occupational Apartheid. Method This exploratory study corresponds to a case study design, based on audiovisual documentary analysis. An audiovisual piece called “Yo me maquillo” [I put on makeup] performed by two Chilean sexual dissidents and activists was analyzed in the city of Valparaíso (Chile). For the analysis, open coding of significant elements and posterior axial coding was performed. Results It is evident how the performance as a political strategy of resistance to the occupational apartheid experienced by transvestite people in their daily lives, through the denunciation, visibility, action, agitation, and defying the hegemonic matrices, allowing to account for inequalities and structural violence that crosses their lives. Conclusions The contributions of the study for occupational therapy and occupation science are discussed. Performance is highlighted as a collective and political occupation that develops from the resistance and subversion to occupational apartheid experienced by transvestite people.
Resumen Introducción Las personas travestis se ven enfrentadas a diferentes situaciones de injusticias sostenidas por un sistema heteronormado que violenta sus vidas, corporalidades y silencia sus identidades. En este sentido, el apartheid ocupacional opera a través de la conformación de una estructura que limita sus posibilidades ocupacionales, pero, al mismo tiempo, las personas travestis podrían poner resistencia a ese ejercicio del poder a través de diferentes mecanismos como las performances. Objetivo Explorar y analizar la expresión artística y política de la performance, realizada por disidentes sexuales, como estrategia política de resistencia al apartheid ocupacional. Metodo Este estudio exploratorio corresponde a un diseño de estudio de caso, basado en el análisis documental audiovisual. Se analizó una pieza audiovisual denominada “Yo me maquillo” performada por dos artistas y activistas disidentes sexuales en la ciudad de Valparaíso (Chile). Para el análisis, se realiza una codificación abierta de elementos significativos y una codificación axial posterior. Resultados Se evidencia cómo la performance opera como una estrategia política de resistencia al apartheid ocupacional que personas travestis experimentan en sus vidas cotidianas, a través de la denuncia, visibilización, acción, agitación y desafío de las matrices hegemónicas, permitiendo dar cuenta de las desigualdades y violencias estructurales que cruzan sus vidas. Conclusiones Se discuten los aportes del estudio para la terapia ocupacional y la ciencia de la ocupación. Se destaca la performance como una ocupación colectiva y política que se desarrolla desde la resistencia y subversión al apartheid ocupacional que viven las personas travestis.