Os critérios diagnósticos dos distúrbios do metabolismo de glicose foram estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS)/National Diabetes Data Group (NDDG) no início da década de 1980. Em 1997, a American Diabetes Association (ADA) sugeriu novos critérios diagnósticos, baseados na interpretação da glicemia de jejum. Neste estudo, 56 indivíduos foram submetidos ao teste de tolerância à glicose oral (oGTT) (75g) e aplicamos ambos os critérios diagnósticos para estimar a prevalência de distúrbios de metabolismo de glicose. Dos 56 indivíduos, 11 (19,6% - grupo 1) foram considerados intolerantes pelos critérios da OMS/NDDG e seis (10,7% - grupo 2), como glicemia de jejum alterada (GJA) pelos novos critérios da ADA. Comparamos variáveis clínicas e bioquímicas (idade, índice de massa corporal, pico de insulina durante o oGTT, área sob a curva de insulina durante o oGTT e concentrações séricas basais da proteína carreadora dos fatores de crescimento insulina-símiles 1 (IGFBP-1) entre ambos os grupos, não observando diferença significativa em nenhuma das variáveis (43 ± 13 x 46 ± 4,4 anos, 29,5 ± 3,2 x 27,2 ± 2,6kg/m², 153,7 ± 100,7 x 171,3 ± 145,6µUI/ml, 12.040 ± 8.488 x 13.970 ± 12.170 e 14,4 ± 9,3 x 19,4 ± 11,8ng/ml, respectivamente, p = NS). Entretanto, quando comparamos estas mesmas variáveis entre o grupo de indivíduos considerados normais pelos critérios da ADA e intolerantes pelos critérios da OMS/NDDG (n = 8, grupo 3) e o grupo de indivíduos considerados normais por ambos os critérios (n = 42, grupo 4), observamos que não houve também diferença em relação à idade (42 ± 15 x 38 ± 10 anos, respectivamente, NS); entretanto o grupo 3 apresenta índice de massa corporal (IMC) (29,5 ± 3,9 x 24,5 ± 3,5kg/m², respectivamente, p < 0,02), pico de insulina durante o oGTT (115,2 ± 29,1 x 84,4 ± 56,5µUI/ml, respectivamente, p < 0,02) e área sob a curva de insulina durante o oGTT (9.112 ± 2.323 x 6.649 ± 4.438, respectivamente, p < 0,007) com valores médios superiores ao grupo 4. O grupo 3 apresentou ainda concentrações séricas basais de IGFBP-1 com valores em média inferiores ao grupo 4 (14,9 ± 10,1 x 28,9 ± 17,6ng/ml, respectivamente, p < 0,03).
The diagnostic criteria of the glucose metabolism disorders had been established by the World Health Organization (WHO)/National Data Group (NDDG) in the beginning of the 1980's. In 1997, the American Diabetes Association (ADA) suggested new criteria, based upon the interpretation of the fasting glucose. In this study, 56 subjects underwent an oral glucose tolerance test (oGTT), and we have applied both criteria to estimate the prevalence of the glucose metabolism disorders. Out of 56 subjects, 11 (19,6% - Group 1) had been considered glucose intolerants by the criteria of the WHO/NDDG and 6 (10,7% - Group 2) as impaired fasting glycemia (IFG) by the ADA new criteria. We have compared clinical and biochemical variables (age, BMI, insulin peak during oGTT, area under the insulin curve during oGTT and serum concentrations of IGFBP-1) between both groups, not observing differences in any of the variables (43 ± 13 x 46 ± 4.4 years, 29.5 ± 3.2 x 27.2 ± 2.6kg/m², 153.7 ± 100.7 x 171.3 ± 145.6µUI/ml, 12,040 ± 8,488 x 13,970 ± 12,170 e 14.4 ± 9.3 x 19.4 ± 11.8ng/ml, respectively, p = NS). However, when we compare these same variables between the subjects considered normal by the ADA criteria and intolerants by the WHO/NDDG (n = 8, Group 3) and the subjects considered normal by both criteria (n = 42, Group 4), we observed that it also did not have difference in relation to age (42 ± 15 x 38 ± 10 years, respectively, NS), however, Group 3 presents BMI (29.5 ± 3.9 x 24.5 ± 3.5kg/m², respectively, p < 0.02), insulin peak (115.2 ± 29.1 x 84.4 ± 56.5µUI/ml, respectively, p < 0.02) and area under the insulin curve (9,112 ± 2,323 x 6,649 ± 4,438, respectively, p < 0.007)with higher values than Group 4. Group 3 still presented serum concentration of IGFBP-1 with lower values than Group 4 (14.9 ± 10.1 x 28.9 ± 17.6ng/ml, respectively, p < 0.03).