RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Este estudo investigou as relações estabelecidas entre o componente lúdico e o processo de reabilitação, tratamento e promoção da saúde no contexto de um grupo que trata da dor, localizado em Florianópolis (SC). MÉTODOS: A pesquisa seguiu uma abordagem qualitativa, tendo sido realizada por meio de uma investigação de campo, configurando-se como descritivo-exploratória. Foi realizada observação sistemática, durante dois meses, guiada por uma matriz, envolvendo a responsável pelo grupo, duas voluntárias e cerca de 15 integrantes. Para o registro de informações complementares, utilizou-se um diário de campo. Além disso, foram utilizados dois roteiros de entrevistas semiestruturadas, aplicados com quatro integrantes e com a responsável pelo grupo, ao final do período dos dois meses de observações. Os dados foram organizados e analisados em três tópicos: “Caracterização do grupo investigado e dinâmica dos encontros”, “O grupo como potencial de cura” e “Lian Gong/Qi Gong como uma possibilidade de olhar para a dor”. RESULTADOS: Os participantes indicaram que ao trabalhar Lian Gong/Qi Gong, meditação e auriculoterapia, contemplando o elemento lúdico, o grupo tornou-se um local de reconhecimento da subjetividade da dor de cada um, pelo indivíduo que sentia e pelo coletivo, gerando melhoras nas dores específicas e trazendo boas sensações aos que estão envolvidos, como alegria, entusiasmo e prazer. CONCLUSÃO: A criação do grupo e o engajamento das pessoas diminuiu o número de pedidos específicos de sessões de fisioterapia e proporcionou maior autonomia do participante em atender a sua própria dor.
ABSTRACT BACKGROUND AND OBJECTIVES: This study investigated the relations between the playful component and the process of rehabilitation, treatment, and promotion of health in the context of a group that treats the pain, located in Florianópolis (Brazil). METHODS: The research followed a qualitative approach, a descriptive-exploratory field research. A matrix-guided systematic observation was conducted for two months by the group leader, two volunteers and about 15 participants. A field diary was used to register complementary information. Besides two semi-structured interview guides were used, applied to four members and the person responsible for the group after the two-month observational period. The data were organized and analyzed in three topics: “Characterization of the investigated group and dynamics of the meetings,” “The group as healing potential” and “Lian Gong/Qi Gong as a possibility to look at the pain.” RESULTS: The participants pointed out that working on Lian Gong/Qi Gong, meditation and auriculotherapy contemplating the playful component the group becomes a place of recognition of each one’s pain subjectivity, by the individual that suffers and by the collective, which has fostered the recovery of specific pain and good sensations to those involved, such as happiness, enthusiasm and pleasure. CONCLUSION: The creation of the group and people’s engagement has decreased the number of specific requests for physiotherapy sessions and provided greater autonomy to the participants to handle their own pain.