Objetivo: Avaliar quadris de pacientes com tetraparesia espástica considerando a gravidade das deformidades articulares, a idade e a escoliose. Métodos: Realizamos um estudo descritivo transversal de 40 pacientes (um a 17 anos); 21 (52,5%) do sexo feminino e 19 (47,5%) do masculino em pacientes da Associação Cruz Verde; 19 (47,5%) apresentaram prematuridade, 26 (65,0%) anóxia, quatro (10,0%) meningite, 10 (25,0%) hidrocefalia e 15 (37,5%) microcefalia; 38 (95,0%) apresentavam espasticidade, um (2,5%) atetose e um (2,5%) o padrão misto; 28 (70,0%) apresentavam tetraparesia e 12 (30,0%) dupla hemiparesia. Nenhum paciente deambulava, 38 (95,0%) foram classificados como GFMCS V e dois (5,0%) como IV. Consideramos dois grupos, conforme a necessidade ou não do tratamento cirúrgico dos quadris pelo risco de luxação e dor. Utilizamos os testes de Thomas, abdução brusca e Nelaton-Galeazzi. A escoliose foi avaliada pela simetria do tronco e gibosidade. Resultados: Observamos correlação entre a escoliose e a positividade do teste da abdução brusca. Não houve correlação entre a idade e a contratura dos quadris. Não houve diferença entre os tipos topográficos e a contratura do quadril. Conclusões: Não encontramos correlação entre a idade e o grau de contratura articular; pacientes com escoliose apresentaram maior comprometimento da abdução do quadril.
Objective: To evaluate CP patients considering the hip joint and analyzing the relation between severity, age and scoliosis. Methods: A transversal descriptive study was performed in 40 patients (1 to 17 y.o.), 21 (52,5%) female and 19 (47,5%) male from Cruz Verde Association; 19 (47,5%) had history of prematurity; 26 (65,0%) with anoxia; meningitis in 4 (10%), hydrocephalus in 10(25,0%); microcephalus in 15 (37,5%). From the total 38 (95,0%) presented spasticity, 1 (2,5%) athetoid and 1 (2,5%) mixed. According to topographic classification 28 (70,0%) presented tetraparesis and 12 (30,0%) double hemiparesis. All of them are non-ambulators and 38 (95,0%) were classified as GFMCS V and 2 (5,0%) were level IV. The patients were divided in two groups (with or without indications for hip surgical treatment). The hips were analysed by Thomas, abduction, and Nelaton-Galeazzi tests. The scoliosis was clinically analysed considering trunk symmetry and dorsal hump. Results: We observed positive correlation between the patients’ scoliosis and hip flexion contracture. There was no difference between the patients’ age and and hip flexion contracture. There was no difference between topographic types and hip contractures. Conclusions: We did not find positive correlation between patients’ age and hip contractures; patients with scoliosis present worse hip abduction compromise.