Muitas investigações têm demonstrado que a coincidência entre os limiares ventilatórios e os limiares que se utilizam da resposta do lactato nem sempre ocorre, sugerindo que não existe relação entre causa e efeito entre os fenômenos. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivos comparar e correlacionar os valores de consumo de oxigênio (VO2), potência (W) e freqüência cardíaca (FC) obtidos por protocolos de determinação do limiar ventilatório (LV) e limiar anaeróbio individual (IAT). A amostra foi constituída por oito ciclistas de níveis paulista e nacional (idade: 27,88 ± 8,77 anos; massa corporal: 65,19 ± 4,40kg; estatura: 169,31 ± 5,77cm). O IAT foi determinado iniciando-se com aquecimento de três minutos a 50W com aumentos progressivos de 50W.3min-1 até a exaustão voluntária, com as coletas de sangue aos 20 segundos finais de cada estágio e durante a recuperação. Para a determinação do LV, utilizou-se o mesmo protocolo adotado para a determinação do IAT, porém, sem efetuar as coletas de sangue. O LV foi identificado pelas mudanças da ventilação pulmonar e dos equivalentes ventilatórios de O2 e CO2. O teste t de Student não revelou diferenças estatisticamente significantes em nenhuma das variáveis obtidas. As associações encontradas foram altas e significativas. O VO2 (ml.kg-1.min-1), P (W) e FC (bpm) correspondente ao LV e IAT, e as associações entre as variáveis foram, respectivamente, de: 48,00 ± 3,82 vs 48,08 ± 3,71 (r = 0,90); 256,25 ± 32,04 vs 246,88 ± 33,91 (r = 0,84); 173,75 ± 9,18 vs 171,25 ± 12,02 (r = 0,97). De acordo com os resultados obtidos, pode-se concluir que o IAT e o LV produzem valores semelhantes de VO2, W e FC, o que favorece a adoção do LV por ser um método não-invasivo para determinação do limiar anaeróbio em ciclistas.
Many investigations have shown that the coincidence between the ventilatory thresholds and those thresholds using the lactate response does not happen all of the time, suggesting that there is no relationship between the cause-effect between these phenomena. Thus, the present study had as main purpose to compare and correlate the Oxygen consumption (VO2), the power (W), and the heart rate (HR) values attained using protocols to determine the Ventilatory Threshold (VT) and the Individual Anaerobic Threshold (IAT). The sampling was constituted by eight State and National level cyclists (age: 27.88 ± 8.77 years; body mass: 65.19 ± 4.40 kg; height: 169.31 ± 5,77 cm). The IAT was determined starting from a three minutes 50 W warm up with progressive increases of 50 W.3min-1 up to achieving the voluntary exhaustion, when the blood was collected in the last 20 seconds of each phase, and during the recovering period. In order to determine the VT, it was used the same protocol used to determine the IAT, but without performing the blood collection. The VT was identified through the changes in the pulmonary ventilation, as well as of the ventilatory equivalent of the O2 and CO2. The t-Student test showed no significant statistical difference in any of the attained variables. The associations found were high and significant. The VO2 (ml.kg-1.min.-1), P (W), and HR (bpm) corresponding to the VT and IAT, as well as the associations between variables were respectively: 48.00 ± 3.82 vs. 48.08 ± 3.71 (r = 0.90); 256.25 ± 32.04 vs. 246.88 ± 33.91 (r = 0.84); 173.75 ± 9.18 vs. 171.25 ± 12.02 (r = 0.97). According to the results attained, it can be concluded that the IAT and the VT produce similar VO2, W, and HR values, favoring the adoption of the VT because it is a non-invasive method to determine the anaerobic threshold in cyclists.
Muchas investigaciones han estado demostrando que la coincidencia entre los umbrales ventilatorios y los umbrales que se usan en la respuesta del lactato ni siempre ocurre, mientras que también se sugiere que no existe una relación causa-efecto entre estos fenómenos. De esta manera, el estudio presente tiene como objetivos comparar y poner en correlación los valores de consumo de oxígeno (VO2), potencia (W) y frecuencia cardíaca (FC) obtenidos por los protocolos de determinación del umbral ventilatorio (UV) y el umbral anaeróbico individual (UAI). La muestra se constituyó de ocho ciclistas de nivel de paulistas y nacionales (de edad: 27,88 ± 8,77 años; de masa corpórea: 65,19 ± 4,40 kg; de estatura: 169,31 ± 5,77 centímetros). UAI fue al principio determinado con un calentamiento de tres minutos a 50 W con aumentos progresivos de 50W.3min-1 hasta el agotamiento voluntario, con colecta de sangre a los 20 segundos finales de cada fase y durante la recuperación. Para la determinación de UV, el mismo protocolo se usó adoptando para la determinación de UAI, sin embargo, sin hacer esta vez las colectas de sangre. UV se identificó por los cambios del ventilación pulmonar y de los equivalentes ventilatórios de O2 y CO2. La prueba t de Student no reveló las diferencias estadisticamente significativas en ninguna de las variables obtenidas. Las asociaciones encontradas eran altas y significantes. VO2 (ml.kg-1.min-1), P (W) y FC (el bpm) correspondiendo a UV y UAI, y las asociaciones entre las variables eran, respectivamente de: 48,00 ± 3,82 contra 48,08 ± 3,71 (el r = 0,90); 256,25 ± 32,04 contra 246,88 ± 33,91 (el r = 0,84); 173,75 ± 9,18 contra 171,25 ± 12,02 (el r = 0,97). De acuerdo con los resultados obtenidos, puede concluirse que UAI y UV producen valores similares de VO2, W y FC, lo que favorece la adopción de UV como un método no-invasivo para la determinación del umbral anaerobio en ciclistas.