Aneurismas fusiformes são lesões de difícil tratamento e frequentemente necessitam de técnicas alternativas de tratamento, incluindo anastomose extra-intracranial ou técnicas de "clip-wrap". Contudo o uso destas técnicas é frequentemente esquecido e negligenciado. OBJETIVO: Descrever retrospectivamente casuística de nove casos de aneurismas não clipáveis tratados com a técnicas de "clip-wrap" e discutir as nuances cirúrgicas. RESULTADOS: Revisão dos últimos quatro anos da casuística da Divisão de Clínica Neurocirúrgica do HCFMUSP mostrou que 384 casos eram de aneurismas rotos. Destes, 9 eram de aneurismas não clipáveis tratados com a técnica de "clip-wrap". Destes, 2 aneurismas eram de artéria cerebral media, 1 de artéria coroidéia anterior, 1 de artéria comunicante anterior, 3 de artéria oftálmica, 1 de artéria cerebral posterior e 1 de PICA. Três eram lesões ectásicas, 4 não puderam ser completamente clipados devido a relação de aneurismas com vasos eferentes, aferentes ou perfurantes, e dois, apesar de rotos eram pequenos demais para serem clipados (<2,0 mm). Sangramento precoce ou tardio não foram observados, em um seguimento médio de 2 anos. CONCLUSÃO: A técnica descrita é segura e está associada com baixa incidência de complicações agudas ou tardias. Ela previne ressangramanto e representa um avanço em relação à história natural destas lesões.
Fusiform and dolichoectatic aneurysms are challenging lesions to treat with direct clipping. Treatment of these aneurysms often requires alternative surgical strategies, including extracranial-intracranial bypass, wrapping, or clip-wrap techniques. Nonetheless, these alternatives methods of treatment have been underused and frequently overlooked. OBJECTIVE: To report a series of nine cases of otherwise untreatable aneurysms managed using the clip-wrap technique and discuss its surgical nuances. METHOD: In the last four years, 9 cases of ruptured aneurysms treated by the clip-wrap techniques were identified in the Division of Neurological Surgery, University of São Paulo, School of Medicine. RESULTS: The aneurysms were located at middle cerebral artery (2), anterior choroidal artery (1), anterior communicating artery (1), carotid ophthalmic (3), posterior cerebral artery (1) and posterior-inferior cerebellar artery (1). Three were dolichoectatic, 4 were unsuitable to complete surgical clipping because parent or efferent vessels arises from the aneurysm sac (1 MCA, 1 AcomA, 1 CO, 1 PICA aneurysms) and two, although ruptured aneurysms, were too small (<2mm) to be directly clipped. No early or late rebleeding was observed after 2 years mean follow-up. One patient deceased due to pulmonary tromboembolism. CONCLUSION: Clip-wrap techniques for the treatment of fusiform and otherwise unclippable aneurysms seem to be safe and it can be associated with a low rate of acute or delayed postoperative complications. It can prevent rebleeding and represents an improvement when compared with the natural history.