Resumo Os processos de migração são um fenômeno global que pode resultar em condições de vida mais vulneráveis. Perante estas condições, torna-se relevante prestar o apoio necessário às famílias em situação de migração, em que alguns momentos críticos para isso são a gravidez, o nascimento e a criança. É assim que as mulheres migrantes vivenciam a maternidade em um contexto cultural diferente e, dadas as condições desfavoráveis de vida, podem enfrentar dificuldades na gravidez, como o parto prematuro, o que pode representar uma experiência traumática e estressante. São poucos os estudos que abordam essas questões na América Latina e, com isso, o objetivo deste estudo é descrever as experiências de mães migrantes com um filho ou filha prematuro internado numa unidade hospitalar de neonatologia. Foi utilizada uma metodologia qualitativa com abordagem fenomenológica. Foram realizadas entrevistas em profundidade com 16 mães, emergindo questões como diferenças culturais sobre a maternidade e a criança, as condições de vida, as suas experiências no parto e, finalmente, o que significa ser mãe num país diferente do seu. Esses achados permitem uma melhor compreensão desse fenômeno e podem facilitar o desenvolvimento de estratégias que favoreçam uma maternidade respeitosa e multicultural nas unidades neonatais.
Abstract Migration processes are a global phenomenon that can result in more vulnerable living conditions. Given these conditions, it is relevant to provide the necessary support for families in a situation of migration, in which pregnancy, childbirth, and child-rearing are some of the critical moments. This is how migrant women experience their motherhood in a different cultural context. Given the unfavorable living conditions, they may face difficulties in pregnancy such as premature birth, which could represent a traumatic and stressful experience. Few studies address these issues in Latin America and that is why the objective of this study is to describe the experiences of migrant mothers with a preterm son or daughter hospitalized in a neonatal unit. A qualitative methodology with a phenomenological approach was used. In-depth interviews were conducted with 16 mothers emerging relevant issues emerged such as cultural differences about motherhood and parenting, living conditions, their experiences in childbirth, and finally what it means to be a mother is in a different country than theirs. These findings allow a better understanding of this phenomenon and could facilitate the development of strategies that would promote respectful and multicultural motherhood in neonatal units.
Resumen Los procesos migratorios son un fenómeno global que puede resultar en condiciones de vida más vulnerables. Dadas estas condiciones es que se hace relevante brindar los apoyos necesarios para las familias en situación de migración, donde algunos momentos críticos para esto serán el embarazo, el parto y la crianza. Es así como las mujeres migrantes viven su maternidad en un contexto cultural distinto y que dadas las condiciones de vida desfavorables pueden enfrentar dificultades en el embarazo, tales como el parto prematuro, lo que podría representar una experiencia traumática y estresante. Existen pocos estudios que aborden estas temáticas en Latinoamérica y es por esto que el objetivo de este estudio es describir las vivencias de madres migrantes con un hijo o hija de pretérmino hospitalizado/a en una unidad de neonatología. Se utilizó una metodología cualitativa con un enfoque fenomenológico. Se realizaron entrevistas en profundidad a 16 madres y de éstas emergieron temáticas relevantes tales como las diferencias culturales sobre la maternidad y crianza, las condiciones de vida, sus experiencias en el parto, y finalmente lo que significa ser madre es en un país diferente al suyo. Estos hallazgos permiten tener un mejor entendimiento sobre este fenómeno y podría facilitar el desarrollo de estrategias que favorecerían una maternidad respetuosa y multicultural en las unidades de neonatología.
