FUNDAMENTO: O controle da pressão arterial (PA) é fundamental na hipertensão arterial (HA). OBJETIVO: Conhecer o porcentual de pacientes exigindo metas específicas de controle da PA, atendidos em consultórios no Brasil. MÉTODOS: Cada pesquisador, em número de 291, deveria avaliar, por medida convencional da PA, em cinco dias consecutivos, os dois primeiros pacientes atendidos. Determinou-se o número de hipertensos tratados por, pelo menos, quatro semanas, e com controle da pressão arterial, de acordo com as metas desejadas para o grupo de risco a que pertenciam. RESULTADOS: Foram avaliados 2.810 pacientes, em 291 centros. Os indivíduos obedeceram à seguinte distribuição, por grupo: A (HA estágios 1 e 2, risco adicional baixo e médio) = 1.054 (37,51%); B (HA e PA limítrofe, risco adicional alto) = 689 (24,52%); C (HA e PA limítrofe risco adicional muito alto, incluindo diabéticos) = 758 (26,98%) e D (HA com nefropatia e proteinúria > 1 g/l) = 309 (11%). As médias de PA na população foram: 138,9 ± 17,1 e 83,1 ± 10,7 mmHg. Fatores relacionados ao menor controle da PA: idade, circunferência abdominal, diabete, tabagismo e doença coronariana. Os porcentuais de controle da PA em cada um dos grupos foram, respectivamente: 61,7; 42,5; 41,8 e 32,4. CONCLUSÃO: O baixo controle da PA segundo as metas predefinidas, como explicitado nos resultados, reforça a necessidade de medidas que promovam melhores taxas de controle.
BACKGROUND: Blood pressure (BP) control is crucial in arterial hypertension (AH). OBJECTIVE: To determine the percentage of patients requiring specific BP control goals treated in medical offices throughout Brazil. METHODS: Each researcher, from a total number of 291, had to evaluate, through conventional BP measurement performed during five consecutive days, the two first patients treated on that day. We determined the number of hypertensive patients treated for at least four weeks who presented BP control, according to the goals established for the risk group they belonged to. RESULTS: A total of 2,810 patients were assessed in 291 centers. The individuals were divided in groups as follows: A (AH stages 1 and 2, low and moderate additional risk) = 1,054 (37.51%); B (AH and borderline BP, high additional risk ) = 689 (24.52%); C (AH and borderline BP, very high additional risk, including diabetic patients) = 758 (26.98%) and D (AH with nephropathy and proteinuria > 1 g/l) = 309 (11%). The BP means in the population were: 138.9 ± 17.1 and 83.1 ± 10.7 mmHg. Factors associated with a worse BP control were: age, abdominal circumference, diabetes, smoking and coronary disease. The BP control percentages in each of the groups were, respectively: 61.7; 42.5; 41.8 and 32.4%. CONCLUSION: The low BP control according to the predefined goals, as demonstrated in the results, reinforces the necessity to establish measures to promote better control rates.
FUNDAMENTO: El control de la presión arterial (PA) es fundamental en la hipertensión arterial (HA). OBJETIVO: Conocer el porcentaje de pacientes que requieren metas específicas de control de la PA, atendidos en consultorios en Brasil. MÉTODOS: Cada investigador, en número de 291, debería evaluar, por medición convencional de la PA, en cinco días consecutivos, los dos primeros pacientes atendidos. Se determinó el número de hipertensos tratados durante, por lo menos, cuatro semanas, y con control de la presión arterial, de acuerdo con las metas deseadas para el grupo de riesgo al que pertenecían. RESULTADOS: Fueron evaluados 2.810 pacientes, en 291 centros. Los individuos obedecieron a la siguiente distribución, por grupo: A (HA Estadios 1 y 2, riesgo adicional bajo y medio) = 1.054 (37,51%); B (HA y PA Limítrofe, riesgo adicional alto) = 689 (24,52%); C (HA y PA Limítrofe riesgo adicional muy alto, incluyendo diabéticos) = 758 (26,98%) y D (HA con nefropatía y proteinuria > 1 g/l) = 309 (11%). Los promedios de PA en la población fueron: 138,9 ± 17,1 y 83,1 ± 10,7 mmHg. Factores relacionados al menor control de la PA: edad, circunferencia abdominal, diabetes, tabaquismo y enfermedad coronaria. Los porcentajes de control de la PA en cada uno de los grupos fueron, respectivamente: 61,7; 42,5; 41,8 y 32,4. CONCLUSIÓN: El bajo control de la PA según las metas predefinidas, como se explica en los resultados, refuerza la necesidad de medidas que promuevan mejores índices de control.