RESUMO. Este trabalho foi realizado para estimar os componentes de (co)variância, parâmetros e tendências genéticas e fenotípicas do peso de ovinos da raça Texel, ao nascimento. Foram utilizados 783 registros de peso ao nascimento, entre os anos de 2012 a 2016, de ovinos criados em sistema extensivo. Foram estimados os componentes de (co)variância e os parâmetros genéticos com seis diferentes modelos animais, utilizando o método da máxima verossimilhança restrita (REML - Restricted Maximum Likelihood). O modelo que melhor se ajustou aos dados foi o modelo 3, com estimativas de variância genética aditiva direta de 0,004, variância do ambiente permanente materno de 0,164, coeficiente de herdabilidade de 0,011 e variação fenotípica atribuída ao ambiente permanente materno de 0,394. Foram constatados para a tendência genética um ganho genético de 0,413% e um ganho fenotípico de 0,159 kg para a tendência fenotípica, entre os anos de 2012 a 2016. As estimativas de herdabilidade direta e da proporção da variância fenotípica explicada pelo ambiente permanente materno apresentaram valores inferiores e superiores, respectivamente, em comparação a outros estudos. Para as tendências, tanto genética, como fenotípica, houve ganho no peso ao nascimento, entre os anos de 2012 a 2016.
ABSTRACT. This study aimed to estimate the components of (co)variance, genetic and phenotypic parameters and trends for birth weight. We used 783 birth weight records, between 2012 to 2016, of Texel sheep reared in extensive system. The components of (co)variance and the genetic parameters were estimated using six different animal models, using the restricted maximum likelihood method (REML). The model that best fit the data was Model 3, with estimates of direct additive genetic variance of 0.004, maternal permanent environment variance of 0.164, heritability coefficient of 0.011 and phenotypic variation attributed to the maternal permanent environment of 0.394. For the genetic trend, we observed a genetic gain of 0.413% and for the phenotypic trend, a phenotypic gain of 0.159 kg, between 2012 and 2016 were found. Estimates of direct heritability and proportion of the phenotypic variance explained by the maternal permanent environment presented lower and higher values, respectively, in comparison to other studies. For trends, both genetic and phenotypic, there were gains in birth weight between 2012 and 2016.