Resumo Introdução A construção de sentidos é um processo centrado na experiência, essencial para a compreensão do impacto das intervenções em terapia ocupacional voltadas para a promoção de processos de transformação/becoming, uma das quatro dimensões integradas da ocupação significativa (juntamente com o fazer/doing, ser/being e pertencer/belonging). Objetivo Este artigo tem como objetivo identificar aspectos essenciais para a construção de sentido em intervenções de terapia ocupacional. Método Foi realizada uma revisão de escopo. Na busca inicial, 528 artigos foram recuperados de três bases de dados; 16 atenderam aos critérios de inclusão: artigos em inglês, revisados por pares, publicados entre janeiro de 2008 e dezembro de 2017, que abordassem algum tipo de intervenção de terapia ocupacional, com dados referentes aos sentidos construídos pelos participantes dos estudos. Resultados Os artigos abordam múltiplas populações, serviços e campos de prática, em estudos qualitativos, com metodologias que priorizam a reflexão sobre a experiência vivida. A análise temática destaca a interconexão entre ser, fazer e pertencer para promover a construção de sentido; implicações para ações profissionais; e construção de sentido desencadeada por processos reflexivos. Conclusão A construção de sentidos demanda reflexão sobre a experiência vivida, é influenciada pelos ambientes humanos e físicos. Tanto as condições limitantes como as novas habilidades adquiridas desencadeiam processos de construção de sentido. Implicações para pesquisas futuras são indicadas.
Abstract Introduction Meaning-making is an experience-centred process. It is an essential element for understanding the impact of occupational therapy interventions focused on fostering processes of becoming, one of the four integrated dimensions of meaningful occupation (along with doing, being, and belonging). Objective This paper aims to explore further some of the aspects that are essential for meaning-making in occupational therapy interventions. Method A scoping review guided by Arksey and O’Malley’s methodological framework was conducted. In the initial search, 528 articles were retrieved from three databases; 16 met the criteria for inclusion: articles in English, peer-reviewed, published between January 2008 and December 2017, that addressed some type of occupational therapy intervention, with data related to the meanings of the participants of the studies. Results The articles address a multiplicity of populations, services, and fields of practice, in qualitative studies, with methodologies that prioritise reflection on the lived experience. Thematic analysis highlights the interconnection between being, doing, and belonging to foster meaning-making; implications of professional actions; and meaning-making triggered by reflective processes. Conclusion Meaning-making demands reflection on the lived experience, and is influenced by human and physical environments. Both conditions/limitations and new skills/abilities enhance processes of meaning-making. Implications for future research are considered.