No presente estudo avaliamos o uso de catéteres de monitorização intraventricular em pacientes com hemorragia talâmica e nos gânglios da base. Dez pacientes admitidos em nosso serviço de emergência com Escala de Coma de Glasgow (ECG) igual ou abaixo de 13 (com pelo menos um ponto perdido no item de abertura ocular para afastarmos pacientes alertas com afasia) foram analisados. Após uma avaliação neurológica completa, foram obtidas tomografias computadorizadas de crânio sendo desta forma avaliados o volume dos hematomas e a presença ou não de hidrocefalia. Catéteres de monitorização de pressão intraventricular, conectados em paralelo a um sistema de derivação ventricular externa (DVE) foram implantados nos pacientes, que a seguir foram levados a unidade de terapia intensiva. Pacientes cujas lesões apresentassem efeito de massa com a pressão intracraniana (PIC) elevada, a despeito das medidas clínicas utilizadas para controlá-la, ou com deterioração neurológica progressiva, foram submetidos a drenagem dos hematomas. Sete dentre os 10 pacientes deste estudo mostraram níveis de PIC abaixo de 20 mmHg (média de 14,1 ± 6,5 mmHg para todos os pacientes). Nos três restantes no entanto, a mortalidade foi muito alta pela refratariedade terapêutica (100%). Dentre os pacientes com PIC abaixo de 20 mmHg, 04 desenvolveram hidrocefalia. Este grupo apresentou o maior benefício do implante do sistema de monitorização intraventricular com DVE. Nossa análise estatística mostrou apenas uma correlação fraca entre o (ECG) inicial e os níveis de PIC (r=-0,28, p=0,43), bem como quando os níveis de PIC foram relacionados ao volume dos hematomas (r=0,38, p=0,28). Correlações estatisticamente significantes também não foram encontradas quando a evolução final dos pacientes foi comparada as variáveis previamente citadas.
In the present study, we have evaluated the use of intraventricular pressure catheters in thalamic and ganglionic hemorrhages. Ten patients admitted in our Emergency Department in Glasgow Coma Scale (GCS) equal or below 13 enrolled the study (at least one point should have been lost in the eye opening score to exclude purely aphasic patients that were fully alert). After a complete clinical and neurological evaluation, computed tomography scans were obtained and the volume of the hematomas, as well as presence or absence of hydrocephalus, were considered. Intraventricular pressure catheters connected in parallel to external derivation systems were implanted and patients were thereafter sent to the ICU. Patients that presented mass effect lesions with sustained increased ICP levels or clinical and neurological deterioration were submitted in addition, to the surgical evacuation of the hematomas. Clinical evolution, complications and the rehabilitation of the patients were recorded. Clinical outcome was assessed with the Glasgow Outcome Score. In all but three patients the initial intracranial pressure levels were bellow 20 mmHg (mean for all patients was 14.1 ± 6.5 mmHg). Notwithstanding, these three patients were extremely difficult to treat. For this group of patients mortality was 100%. Among the patients that presented ICP levels bellow 20 mmHg, 04 developed hydrocephalus and 03 did not display ventricular dilation. As expected, the major benefits concerning the intraventricular pressure catheters connected in parallel with external derivation systems were observed in the group of patients that presented ICP levels bellow 20 mmHg and had hydrocephalus. Mild non-statistically significant correlations for all the three groups were achieved either when the initial GCS and ICP levels (r=-0.28, p=0.43) or when ICP levels and the volumes of the hematomas were compared (r=0.38, p=0.28). In addition, no significant correlations were observed concerning the final outcome of the patients and the variables previously evaluated.