RESUMO Objetivo: verificar na literatura uma provável associação do zumbido com ansiedade e depressão em idosos. Métodos: revisão sistemática, com busca nas bases de dados indexadas (Lilacs, Scielo, Pubmed, Science Direct, The Cochrane Library), de estudos publicados entre 2013 e 2018, em português e inglês, que incluíssem adultos e/ou idosos com idade igual ou maior que 18 anos. Os descritores utilizados foram: “zumbido”, “tinnitus”, “depressão”, “depression”, “ansiedade”, “anxiety”, “adulto”, “adult”, “idosos”, “elderly”, intercalados pelo operador booleano AND. Resultados: foram selecionados 11 estudos e dentre estes, 5 compararam adultos e idosos, enquanto apenas 2 avaliaram esta relação somente em idosos. Os estudos sugerem que à medida que a idade aumenta, a severidade do zumbido e os sintomas psicológicos aumentam também, afetando homens e mulheres. Conclusão: poucos estudos compararam a relação entre as variáveis nos idosos. Foi constatada uma provável associação entre as variáveis, para ambos os sexos, e que o avançar da idade contribui para o aumento da severidade do zumbido e de seus sintomas psicológicos, acometendo a qualidade de vida desses indivíduos. Sugerem-se mais estudos para confirmar a associação entre zumbido, ansiedade e depressão na população idosa, sendo importante a atuação multiprofissional na avaliação e tratamento destas pessoas.
ABSTRACT Objective: to verify, in the literature, a probable association of tinnitus with anxiety and depression in the elderly. Methods: a systematic review (through a search in the indexed databases - Lilacs, Scielo, Pubmed, Science Direct, The Cochrane Library) of studies published between 2013 and 2018, in Portuguese and in English, involving adults and/or elderly (18 years and older). The descriptors used were: “tinnitus", "depression", "anxiety", "adult", "elderly", interspersed by the Boolean operator AND. Results: 11 studies were selected, from which, 5 compared adults to elderly and only 2 evaluated such relationship in the elderly alone. Studies suggest that, as age increases, tinnitus severity and psychological symptoms also increase, affecting both men and women. Conclusion: few studies compared the relationship between the variables among the elderly. A probable association between the variables for both genders has been found, suggesting that the advancing age contributes to the increase of tinnitus severity and its psychological symptoms, affecting the quality of life of these individuals. Further studies are suggested to confirm the association between tinnitus, anxiety and depression in the elderly. Multi-professional work is important for the evaluation and treatment of these people.